Num mundo cada vez mais repleto de câmaras, torna-se crítico garantir que as imagens por elas captadas sejam realmente utilizáveis, especialmente em situações onde se tem um veículo em movimento e/ou sujeito a vibrações. Mais uma vez, os engenheiros voltam-se para o reino animal, para aproveitarem aquilo que já existe.
Para manterem uma câmara estabilizada em situações complicadas, engenheiros de Stanford resolveram aprender com uma ave que já faz aquilo que se pretende: o cisne. O longo pescoço dos cisnes actua como um sistema de estabilização activa, compensando não só o movimento do corpo da ave enquanto bate as asas, como também eventuais rajadas de vento.
Depois de terem analisado em detalhe todo o processo de funcionamento do pescoço do cisne - que incluiu a análise a vídeos de alta-velocidade dos cisnes em voo - criaram um dispositivo mecânico que replica o mesmo comportamento, e permite manter uma câmara praticamente imóvel mesmo quando o seu ponto de apoio fica sujeito a deslocações consideráveis.
... Falta agora saber quanto tempo demorará para que este sistema possa ser aplicado em produtos comerciais, pois dispensa a necessidade de complexos sistemas electrónicos (com acelerómetros, giroscópios e motores) para atingir resultados idênticos.
Ainda assim... penso que as galinhas deveriam ter, no mínimo, uma menção honrosa neste departamento.
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