2015/12/18

Análise ao LAIQ Dubai

A apresentação do primeiro smartphone 100% português foi uma das novidades deste ano, que nos chega através da LAIQ. O nosso Luis Costa passou uns tempos com o LAIQ Dubai e diz-nos que tal foi a experiência.


É corajoso, nos tempos que correm, uma marca nacional aventurar-se a criar um smartphone; mas é isso mesmo que a LAIQ optou por fazer. A marca aposta em três segmentos distintos a que chama Rythm, Travel e Style. O primeiro destinado a um público jovem e mais irreverente; o segundo a quem dá preferência a câmaras e à autonomia; e o terceiro para o segmento de topo, onde o design do equipamento e características terão direito a atenção adicional.

O modelo que hoje apresentamos é o Dubai, o que faz parte da gama Travel.


Dentro da caixa, o smartphone, documentação de referência, o cabo USB e carregador.

A caixa é bastante simples, mas apresenta um pormenor interessante na sua traseira, um grafismo com as especificações mais importantes. Desta forma o cliente não tem dúvidas relativamente ao que está a comprar.

O LAIQ Dubai


O Dubai tem um processador MediaTek MT6592 a 2GHz e GPU Mali 450MP, ecrã HD 1280x720, 1GB de RAM, 8GB para armazenamento e bateria de 2200mAh. As câmaras têm 13MP na traseira e 5MP na frontal. O corpo utiliza o ainda habitual policarbonato, sendo que no caso deste LAIQ Dubai tem uma boa qualidade de acabamentos. A curva aplicada na traseira permite um encaixe confortável na palma da mão.

A tampa traseira é amovível, bastando para tal que de se deslize a mesma de baixo para cima. Para voltar a encaixar a tampa traseira, devem ter em atenção os dois pinos da parte inferior e encaixá-los em primeiro lugar. Removida a tampa, temos acesso aos locais para instalar os dois cartões SIM, cartão microSD e bateria, a qual é removível.

Merecedor ainda de destaque o logótipo da LAIQ na tampa traseira, o que dá sempre uma identidade diferente ao equipamento.

As câmaras


O LAIQ Dubai tem um conjunto de câmaras que se enquadra no que tem vindo a ser norma nos equipamentos de gama de entrada e até mesmo gama média, se bem que aqui com alguns upgrades de hardware e software.

A câmara frontal de 5MP cumpre o seu propósito, sendo suficiente para as video-chamadas e selfies. O modo beleza de rosto pode ser muito do agrado daqueles que querem parecer o melhor possível nas selfies.


Os 13MP da câmara traseira são muitos, mas não se traduzem numa qualidade "de referência". Ainda assim, permitem obter uma qualidade razoável, desde que em ambientes bem iluminados. Como extra, temos alguns modos de fotografia, de onde se destaca o de detecção de movimento, que permite obter uma imagem animada e o gesto com dois dedos para tirar uma foto sem tocar no ecrã.

Em funcionamento


O LAIQ Dubai é um equipamento que se destina à gama de entrada e, por isso mesmo, o desempenho deste smartphone deve ser avaliado à luz disso mesmo. O desempenho é suficiente para uma utilização normal e agradável, não sendo observáveis soluços ou atrasos de maior na execução das tarefas. Isto claro, se o utilizador não sobrecarregar o equipamento com apps e mais apps. Aí, não há nada a fazer, pois com apenas 1GB de memória RAM não tem pedalada para aguentar o ritmo pretendido.

O processador da Mediatek, apesar de não ser de última geração, não se envergonha face aos novos modelos que equipam outros equipamentos do mesmo segmento. A título de exemplo, os quase 28000 pontos no Antutu pulverizam o resultado obtido pelo MT6735M.

O Dubai corre o Android KitKat 4.4, o que confere bom desempenho global, mas sem nos dar acesso ao Material Design e funcionalidades do Android Lollipop ou do mais recente Marshmallow. A LAIQ tinha avançado com Novembro como data para disponibilização da actualização para Lollipop, sendo que é previsível que o Marshmallow não seja hipótese para este modelo. O modelo New York já tem a actualização disponível, enquanto o Dubai tem a mesma prevista para os próximos dias.


Apreciação Final


O LAIQ Dubai é um equipamento interessante que sofre de dois grandes males: o atraso na chegada ao mercado e a versão do Android que apresenta. Quanto à segunda, irá ficar resolvida em parte com a actualização para Lollipop. É de crer que nesta altura do campeonato os responsáveis da marca não equacionem hipotecar recursos no desenvolvimento de uma versão do Android 6.0 para este terminal, até porque o software do mesmo está certificado para utilização nas operadoras nacionais, o que acarreta sempre mais trabalho.

Quanto ao primeiro, não há muito que possa ser feito. O hardware, apesar de competente, já se pode considerar no limiar do aceitável para um modelo de entrada de gama neste segmento de preço (169,90€) e onde já temos equipamentos de gama média baixa com outros argumentos. São disso exemplo os "ausentes" Moto E (123€) e Moto G (2ª Geração 167€, 3ª Geração 180€), ambos com garantia de receber a actualização para o Android Marshmallow.

O LAIQ Dubai, pelo acima exposto, não tem a vida facilitada e por isso mesmo sai penalizado na avaliação final, tendo que se contentar com um morno, mas salientando que isso apenas deverá servir de incentivo para que a marca nos possa trazer modelos mais atractivos para os potenciais clientes nacionais.


LAIQ DUBAI

Prós
  • Ecrã HD
  • Confortável na mão
  • Marca nacional

Contras
  • Versão do Android 
  • Apenas 1GB RAM

Galeria de imagens





Por: Luis Costa

3 comentários:

  1. Respostas
    1. Os equipamentos laiq não são mais que equipamentos da marca mediacom, podemos verificar isso com o New York, que é um irmão do mediacom s501, tal como os wiko na sua grande maioria são micromax, um apresentasse no mercado como fabricante francês, o outro como fabricante português, mas não deixam de ser apenas rebrands. Em que da sua nacionalidade têm apenas o firmware customizado e o design da marca nas tampas.

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  2. Super caro para o que é.
    Versão de android anedótica.
    Specs de hardware também uma anedota. Enfim. Espero que ninguem se engane o suficiente para comprar isto :x

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