2016/07/21

França ordena à MS que pare de espiar utilizadores de forma excessiva no Windows 10


A França não tem dado tréguas às empresas tecnológicas norte-americanas, e agora é a Microsoft que vê o seu Windows 10 ser alvo de um conjunto de críticas e da exigência de alterações que salvaguardem a privacidade dos utilizadores.

Desde o lançamento do Windows 10 que o mesmo tem sido criticado por não ser muito claro quanto ao tipo de informação que recolhe sobre o utilizador, mas agora as queixas vêm da Comissão Nacional de Protecção de Dados (francesa) que diz que a MS está a ir longe demais.

Entre os pontos que a CNIL francesa exige estão coisas como:

  • Recolha de dados excessivos ou irrelevantes - referindo-se ao facto da MS recolher informação sobre todas as apps que se instalem no Windows 10 e o tempo que o utilizador passa em cada uma delas;
  • Falta de segurança - a opção para proteger um computador com um PIN de quatro dígitos, sem que haja limitação do número de tentativas;
  • Falta de permissão pelos utilizadores - o sistema de identificação da MS para publicidade faz o tracking dos utilizadores sem que estes tenham dado a sua permissão;
  • Cookies - também os cookies voltam a estar em causa, com a Comissão a dizer que a MS os utiliza em o devido consentimento dos utilizadores;
  • Transferência de dados para fora da UE - estes dados são enviados para os EUA, o que já não deveria ser feito após a decisão do Tribunal Europeu de Justiça em Outubro de 2015.

A CNIL dá três meses à MS para resolver estes pontos, e desse modo evitar sanções ou processos que daqui possam derivar.

Para os utilizadores de Windows 10, esta recolha de dados é algo que vos incomode e vos faça procurar todas as muitas opções "escondidas" que permitem reduzir esta recolha de informações; ou simplesmente já nem se preocupam com isso e deixam que a MS (e outros) tenham acesso a tudo o que façam?


2 comentários:

  1. Já que a França está tão preocupada, porque não dar mais um passo no sentido de resolver o problema de raiz, recomendando a adoção de Linux e obrigando as todas as empresas de hardware a descontar e remover a licença do Windows (ou macOS) caso o cliente o deseje. No caso dos dispositivos com SO "gratuito", obrigar as empresas a dar a opção de desbloquear o bootloader sem perda de garantia.

    Apenas ordenar para parar de espiar é, na minha opinião, o mesmo que ordenar ao fogo que pare de arder.

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  2. Pessoalmente o único ponto que me deixou um pouco alarmado foi o do pin (ou pass) de segurança não bloquear o PC por uns tempos depois de umas quantas tentativas falhadas, mas já os vou chatear no Feedback Hub.

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