2016/12/07
Tecnologia das lentes de contacto pode revolucionar baterias
Qualquer notícia sobre revoluções na área das baterias nos deixa a salivar, e temos mais uma que definitivamente esperamos que se possa tornar realidade; e que curiosamente se baseia em tecnologia desenvolvida há quase meio século atrás... para as lentes de contacto.
Na verdade a revolução é sobre um concorrente das baterias: os super-condensadores. Um componente que tem enorme potencial, com tempos de carregamento instantâneos e um número praticamente ilimitado de ciclos de carga/descarga, mas cuja aplicação prática tem sido travada pela baixa densidade energética que conseguem armazenar.
Os super-condensadores actuais têm uma capacidade de apenas 5Wh por quilograma, o que os deixa em completa desvantagem face às baterias de lítio que podem atingir 100Wh/kg. Mas, um avanço conseguido à custa de tecnologia emprestada do processo de fabrico das lentes de contacto flexíveis promete melhorar a capacidade dos super-condensadores entre 1000 e 10000 vezes! E se isso for conseguido... estaremos perante a revolução das "baterias" que há muito se aguarda.
Para além de obliterarem por completo a capacidade das baterias de lítio, por várias ordens de magnitude, estes super-condensadores transformariam por completo o mundo, pois é preciso ter em conta que superariam até a densidade energética da gasolina (com 2500Wh/kg). Apontando-se para o patamar "inferior" de uma melhoria de apenas 1000x, estes super-condensadores com polímeros flexíveis conseguiriam logo duplicar a capacidade face aos motores de combustão, e melhorar a autonomia dos automóveis eléctricos actuais em 50x! Se formos optimistas e apontarmos para o outro extremo... então é melhor nem pensar nas possibilidades.
Mas antes de entrarmos em histeria colectiva, vamos aguardar pela chegada de um protótipo em escala real que a empresa promete ter pronto em 2017; e então veremos se todas as promessas se concretizam.
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Ai, ai.
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