2017/09/25
GPS ganha precisão em 2018
A partir do próximo ano, começarão a chegar ao mercado smartphones que poderão localizar-nos com uma precisão de 30cm e com consumo mais reduzido durante o funcionamento do GPS.
Longe vão os tempos em que o GPS era uma tecnologia rara e dispendiosa, acessível apenas para um reduzido grupo de entusiastas ou para fins profissionais. Hoje em dia temos sistemas GPS nos nossos bolsos, sendo impensável que qualquer smartphone, por mais barato que seja, não venha com essa capacidade. Ora, o GPS no seu estado actual é perfeitamente capaz de nos dizer por onde andamos... mas já estamos habituados a que, de vez em quando, possa dizer que afinal estamos naquela rua 5 metros mais ao lado; ou que a nossa localização seja apresentada como estando numa área de algumas dezenas de metros de variação. Coisas que poderão chegar ao fim já no próximo ano, graças a uma nova geração de chips GPS.
A Broadcom vai começar a fabricar chips GPS para smartphones capazes de descodificar a segunda frequência de localização (L5/E5) emitida pelos satélites GPS/Galileo, e que permite obter uma localização com muito maior precisão do que os chips actuais. Se nos sistemas GPS actuais, em condições ideais, se pode esperar uma precisão de 5 metros; com este novo chip poderemos obter uma precisão de 30cm - suficiente para nos levar até à porta do destino, ou de saber com segurança em que via estamos a circular na estrada (ou até se já estamos a chegar demasiado perto da berma.)
É uma tecnologia que só agora interessa aplicar aos smartphones pois só agora é que também começam a ficar disponíveis satélites em número suficiente para se poder tirar partido dela, especialmente para utilização no interior das cidades, onde as obstruções dos prédios tornam mais complicada a recepção. Mas curiosamente, é também no interior das cidades que estas melhorias do posicionamento melhor se poderão fazer sentir.
No sistema normal, um receptor de GPS pode receber múltiplos sinais emitidos pelo satélite, devido aos reflexos do sinal em prédios e outras estruturas; sinais que degradam a qualidade e precisão da localização. Nesta novo L5 os sinais são transmitidos a frequência mais elevada, diminuindo drasticamente a possibilidade de interferências causadas por reflexos do sinal e permitindo que o receptor consiga obter uma localização exacta, mesmo no meio de uma cidade.
Agora é só esperar pelos primeiros smartphones equipados com este chip BCM47755, algo que no próximo ano poderá suceder apenas com os topo de gama, mas que eventualmente irá chegar a todos os modelos - mesmo os de gama média/baixa. Como vantagem adicional, este chip utiliza processos de fabrico mais modernos que lhe permitem consumir metade da energia que os chips GPS actuais. Nem que fosse só por isso, já valia a pena.
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Onde o GPS funciona mal é dentro de alguns edifícios. Onde trabalho (e não é cave, tem boas janelas) dá um erro p'ra'í de 1 km. Os satélites devem estar do outro lado do prédio e o sinal faz ricochete :)
ResponderEliminar(ಠ_ಠ)
EliminarCreio que a imprecisão actual é deliberada, pois em utilização militar já hoje tem precisão de centímetros.
ResponderEliminarPois, também era a ideia que tinha, o que se alterou para agora termos essa precisão?
Eliminar"pois só agora é que também começam a ficar disponíveis satélites em número suficiente para se poder tirar partido dela"
EliminarIsso era o "Selective Availability", em que a resolução era propositadamente reduzida para os civis; deixou de ser feito em 2000. Agora só depende mesmo da capacidade dos chips receptores.
EliminarO bq aquaris x pro que já tem a tecnologia GPS e Galileu já não tem essa precisão? O que vem de novo?
ResponderEliminar"A Broadcom vai começar a fabricar chips GPS para smartphones capazes de descodificar a segunda frequência de localização (L5/E5) emitida pelos satélites GPS/Galileo, e que permite obter uma localização com muito maior precisão do que os chips actuais."
ResponderEliminarOs chips actuais (para clientes civis) não conseguem tirar partido de toda a potencialidade do sinal dos satélites, não conseguem descodificar todas as bandas emitidas e por isso têm menos precisão...
Quem ganha com esses chips são os carros autônomos
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