2018/02/12

Android Wear está a ser ignorado pela Qualcomm


Ano após ano estamos habituados a ver os fabricantes de chips lançarem novas versões, mais rápidas e mais eficientes que as anteriores... mas no caso dos chips para smartwatches Android Wear, a Qualcomm parece não estar interessada em melhorias.

Os smartwatches chegaram a ser encarados em tempos como podendo vir a revolucionar o mercado dos smartphones, especialmente nos modelos com 3G/4G que podem funcionar de forma completamente independente. No entanto os anos foram passando e as melhorias que se esperavam - especialmente em termos de autonomia - tardam em surgir.

Não ajudará que a Qualcomm que, depois de uma primeira geração de chips para smartwatches com desempenho sofrível, nos trouxe o seu SoC Wear 2100 especialmente optimizado para ser utilizado em smartwatches... mas sendo neste momento um chip com dois anos de idade... e sem qualquer previsão de que tenha uma versão melhorada pronta para ser lançada em breve.

Compare-se isso com a aposta que a Apple tem continuado a fazer no seu Apple Watch, melhorando-o de ano para ano (na sua última versão já com 4G e eSIM integrado), numa aposta que tem dado resultados bastante positivos, vendendo mais de 8 milhões de unidades no último trimestre de 2017.

Claro que a Qualcomm pode argumentar que não lhe compensa investir no desenvolvimento de um novo chip para smartwatches quando muitos fabricantes têm reduzido ou cancelado o lançamento de novos modelos; mas por outro lado, sem chips que permitam criar smartwatches mais apetecíveis também não teremos consumidores com vontade em investir em relógios com hardware de há dois anos atrás.

Com a Samsung a estar mais focada em criar os seus próprios Gear S em vez de smartwatches com Android Wear... as perspectivas de que surja algum outro fabricante a disponibilizar chips para este sector não são mesmo nada boas.


5 comentários:

  1. A categoria de Wearables tarda em arrancar. Na verdade nem sequer existe uma digna desse nome. A Apple está praticamente sozinha a desbravar terreno e tem tido sucesso no seu nicho, mas pouco mais que isso existe. O que ainda vai tendo algum sucesso são as pulseiras exclusivamente dedicadas ao exercício físico.

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    1. Pulseiras só para notificações têm tido um sucesso enorme. Não sei se era essas que referias.
      Hoje em dia vejo carradas de pessoas com Mi bands e nem sabem que aquilo é Xiaomi. Só querem ter as notificações de chamadas e mais nada.
      Penso que a Xiaomi é o maior vendedor de wearables do mundo.

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  2. É uma vergonha e a Google também tem abandonado o Android Wear

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  3. Há questões que não dependem somente da tecnologia, os smartwatches sempre me pareceram uma solução à procura de um problema. Nos anos noventa achava-se que o futuro era o telemóvel no relógio e poder fazer videoconferências por lá. Ora, nem as videochamadas tiveram a adesão das chamadas de voz, nem os fabricantes viram necessidade de encolher o formato do telemóvel, antes pelo contrário, procuram formas engenhosas de aumentar os seus ecrãs. Neste caso é certo que nas braceletes de notificações como eh uso encontrou-se solução para um problema que ha alguns anos não achávamos que viessemos a ter, mas por outro lado o conceito de smartwatche para o público generalizado trás pouca mais valia. Quem usa relógio de pulso pode valorizar alguma interactividade extra, mas para quem não faz desporto não há muito mais a acrescentar.

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