2018/05/20

Nissan aposta em solução combinada de automóveis eléctricos, painéis solares e bateria para as casas


Os carros eléctricos não só permitem redefinir a mobilidade sem emissões poluentes, como também são uma oportunidade única para a revolução da produção e distribuição de energia; e a Nissan já está a dar o primeiro passo nesse sentido.

Não é segredo que a Nissan é uma das marcas que mais tem apostado nos automóveis eléctricos, com o seu Leaf a ter sido um dos primeiros carros 100% eléctricos realmente funcionais e disponíveis no mercado, mas agora avança com uma proposta mais abrangente... que no fundo acabar por ser uma inevitabilidade caso se pretenda a massificação dos veículos eléctricos.

Como já foi referido por diversas estudos, a nossa rede de energia eléctrica não está preparada para lidar com uma transição imediata para milhões de automóveis eléctricos; e os fabricantes sabem isso. No entanto, o facto de se estar a falar de energia eléctrica abre as portas a novas soluções... como a possibilidade de cada pessoa poder gerar a energia eléctrica que necessita, para o seu carro e casa, usando painéis solares, armazená-la numa bateria em casa, e usar essa energia para recarregar o carro à noite, podendo também usar, ou fornecer energia à rede eléctrica, caso necessário.




Não é ficção científica, sendo um pacote completo "Nissan Energy Solar", com painéis solares, bateria para casa, e que funcionam em perfeita sintonia com o carro eléctrico, que a Nissan já está a propor no Reino Unido, com preços a começar em valores próximos dos 4430 euros só para os painéis (6 painéis solares), 7360 euros para a bateria de casa, ou 8722 euros para o pacote de painéis e bateria.


Curioso - ou irritante! - é ver que no Reino Unido já quase 1 milhão de pessoas optou pela instalação de painéis solares, com o país a promover a sua adopção e a proporcionar condições vantajosas para isso (como IVA reduzido de 5%), enquanto que por cá, num país com tanto sol como o nosso... seja a situação que bem sabemos (vale-nos que pelo menos já se pode dispensar a burocracia para a instalação de painéis de potência reduzida, desde que não se espere ser pago caso se produza energia em excesso que seja "oferecida" à rede...)

4 comentários:

  1. Concordo plenamente com o último parágrafo. Estive recentemente na Alemanha e também vi essa mesma realidade: Uma enorme quantidade de casas com painéis solares instalados num país com menos horas de sol faz pensar que há algo de errado por cá.

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  2. Sem dúvida, ainda temos o lobby da EDP muito enraizado na nossa sociedade é urgente mudarmos o chip, um País com tanto sol, não faz de todo sentido que não se aposte a sério na energia solar, a começar pelo governo que deveria dar incentivos para os particulares adquirirem estes equipamentos , sei que nas grandes cidades quem vive em apartamentos não é fácil instalar estes equipamentos, mas pelo País afora existe muita cada individual ( vivendas ), aonde estes equipamentos eram de muito fácil instalação o bolso num médio prazo agradecia e sobretudo o planeta .

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  3. Eu instalei os painéis solares da EDP com o EDP Re:dy, com dois painéis de 250W. A solução funciona bem, mas não tem baterias, o que acaba por beneficiar maioritariamente a EDP, pois estamos a gerar energia e a EDP não paga pela energia gerada. Os painéis não são demasiadamente caros. A solução Re:dy é standalone e não se liga a mais nada, ou seja, controla os plugs para ligar e desligar zonas da casa e controlar despesas, mas não há possibilidade de ligação a IFTTT, Google Home ou qualquer outro sistema de gestão de automação para além do site e app da EDP. A app, crasha constantemente, mas dá acesso ao controlo da casa e introdução de rotinas de ligar/desligar a casa. É limitador ...

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  4. Por cá temos crédito bonificado! A grande medida de incentivo a casas mais eficientes... Ou seja, endividar e dar a ganhar aos mesmos. Maravilha!

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