2018/10/07

Dados de um Fitbit ajudam a apanhar assassino


Os dados dos wearables não só servem para que os utilizadores tenham medições sobre a sua actividade, como também podem ajudar as autoridades a descobrir criminosos.

Quer se goste ou não, vivemos num mundo que vai sendo cada vez mais vigiado e onde as expectativas de privacidade vão sendo cada vez menores. Quem já tiver acompanhado séries como o CSI sabe que um criminoso pode ser facilmente apanhado através da matrícula do seu automóvel a passar em portagens e radares, ou da localização do seu smartphone, ou de mil e uma outras formas - a que podemos agora somar também os dados de um Fitbit.

Nos EUA, as autoridades chegaram ao assassino de uma mulher de 67 anos, com a ajuda dos dados do Fitbit da vítima, que registou um aumento da frequência cardíaca e posterior interrupção da mesma, numa altura em que o suspeito (o seu padrasto, com 90 anos) estaria na sua residência.

Com o aumento de dispositivos inteligentes na nossa vida, não me parece difícil imaginar que daqui por mais alguns anos, estes wearables estejam integrados em sistemas mais vastos, fazendo com que no caso de ser detectada uma situação anómala sejam lançados alertas imediatos e que activem também a gravação pelas câmaras de vigilância, ou o som detectado pelos assistentes inteligentes (veja-se o exemplo do Apple Watch 4, que pode alertar serviços de emergência no caso de detectar quedas e o utilizador ficar incapacitado, que já vai um pouco neste sentido).

... É certo que todos estes dados tornam ainda mais assustador as potenciais utilizações abusivas; mas por outro lado também não há como ignorar o facto de que será cada vez mais complicado para os criminosos levarem a cabo os seus planos sem deixarem um registo nesta malha de dados recolhidos.

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