2019/05/03

Como vai o Facebook lidar com milhares de milhões de utilizadores falecidos?


Um estudo aponta para que o Facebook possa ter quase 5 mil milhões de utilizadores falecidos no final do século, levantando novas questões sobre o que deverá ser feito com os seus dados.

Por vezes somos tentados a pensar na tecnologia como sendo algo apenas recente, mas o que é certo é que o tempo vai passando, e com isso surgem também novas preocupações. Segundo um estudo, o Facebook poderá acumular 4.9 mil milhões de falecidos entre os seus "utilizadores" em 2100, assumindo o seu ritmo de crescimento. Mas mesmo que o Facebook ficasse apenas com os utilizadores que tem actualmente, ainda assim seriam 1.4 mil milhões de pessoas mortas na plataforma, tornando-se num verdadeiro cemitério digital.

São questões que têm que ser lembradas e discutidas, pois tornar-se-ão cada vez mais frequentes à medida que os anos passam. A morte de uma pessoa era algo que, tradicionalmente, implicaria algumas transferências a nível do seu património físico para os seus herdeiros. Nesta época digital, as coisas complicam-se bastante mais: quem deverá ter acesso aos seus computadores e smartphones; ao email, redes sociais, e fotos acumuladas na cloud; às criptomoedas que poderá ter algures? E isto para não falar de coisas como eventuais campanhas de crowdfunding, empréstimos e investimentos digitais, etc. etc.

No caso da Google, temos o sistema de gestão de contas inactivas, que nos permite criar um comunicado que passe informação a um "herdeiro" digital na eventualidade de desaparecermos por um determinado período de tempo. Será essa a melhor solução para este tipo de questões? Não será fácil saber se sim ou se não. Mas por outro lado, regressando a esta questão do Facebook, quem nos garante que o Facebook ainda existirá daqui por 20 ou 30 anos; ou qual será o panorama da internet nessa altura? Mas uma coisa é certa... à medida que as décadas avançam, não se esqueçam de contemplar esta vertente da vossa vida digital na "herança" a deixar aos que permanecerem por cá.

5 comentários:

  1. Em 2100 já não haverá Facebook...

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  2. Muito bom artigo.

    É habitual ver o pessoal a viver a "vuda digital" sem se preocupar muito com este tema da morte, mas infelizmente é mesmo a única certeza garantida que há na vida.

    Pensar no que deixaremos aos outros no nosso "pós-vida" é um tema em que deveremos não deixar para o lado.

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  3. Não havia uma opção que nos permitia designar alguém para tomar conta do perfil caso o utilizar morra? Lembro-me de ouvir falar nisso mas no outro dia fui à procura nas definições e não vi nada. Mas também foi uma procura breve...

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    1. ainda tens. eu tenho o meu filho no "legacy contact"

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