2019/06/06

Adolescentes usam AirDrop para se divertirem à custa de adultos


Há um novo fenómeno em voga entre os adolescentes nos EUA, em que recorrem ao AirDrop dos iPhones para partilharem conteúdos entre si... e entre desconhecidos que estejam por perto.

É curioso como a tecnologia evolui mas algumas coisas não. Há algumas décadas atrás, era comum utilizar-se o Bluetooth nos velhinhos Nokia para enviar mensagens e fotos a pessoas desconhecidas que estivessem por perto e com o bluetooth activado nos seus telemóveis. Lembro-me que uma ida ao cinema era sempre precedida por trocas e mais trocas de mensagens com "sabe-se lá quem" (isto para não falar dos casos em que o envio de alguns caracteres estranhos podia fazer crashar alguns modelos de telemóveis). Agora, temos algo idêntico, mas que em vez do Bluetooth recorre ao AirDrop da Apple.

O AirDrop da Apple é o sistema que permite partilhar conteúdos com outros iPhones que estiverem por perto. Por norma, a maioria das pessoas tem o sistema configurado para apenas poder receber conteúdos de pessoas na sua lista de contactos, mas quem tiver seleccionado aceitar conteúdos de qualquer pessoa, arrisca-se a enfrentar uma torrente de imagens enviadas por grupos de adolescentes que esperam divertir-se ao ver a reacção das pessoas.



No fundo, estão a transformar o AirDrop numa mini-rede social de carácter local, com a grande vantagem de que dispensa a necessidade de qualquer app extra ou necessidade de se registarem num qualquer novo serviço. É algo que está incluído de origem e imediatamente disponível nos seus iPhones - sendo que também se percebe porque motivo isto está a acontecer nos EUA, onde a taxa de utilização de iPhones é mais elevada do que, por exemplo, a maioria dos países na Europa.

De qualquer forma ficam avisados: se tiverem o AirDrop aberto a todos, e começarem a receber coisas estranhas enquanto vão no autocarro, comboio, ou num qualquer outro local com grupos de adolescentes (concertos, cinemas, etc.)... já sabem do que se trata.

1 comentário:

  1. As tecnologias mudam, mas as brincadeiras serão sempre as mesmas. Como referiu o Carlos, quando o Bluetooth era novidade e moda isto já se fazia.

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