Há um novo fenómeno em voga entre os adolescentes nos EUA, em que recorrem ao AirDrop dos iPhones para partilharem conteúdos entre si... e entre desconhecidos que estejam por perto.
É curioso como a tecnologia evolui mas algumas coisas não. Há algumas décadas atrás, era comum utilizar-se o Bluetooth nos velhinhos Nokia para enviar mensagens e fotos a pessoas desconhecidas que estivessem por perto e com o bluetooth activado nos seus telemóveis. Lembro-me que uma ida ao cinema era sempre precedida por trocas e mais trocas de mensagens com "sabe-se lá quem" (isto para não falar dos casos em que o envio de alguns caracteres estranhos podia fazer crashar alguns modelos de telemóveis). Agora, temos algo idêntico, mas que em vez do Bluetooth recorre ao AirDrop da Apple.
O AirDrop da Apple é o sistema que permite partilhar conteúdos com outros iPhones que estiverem por perto. Por norma, a maioria das pessoas tem o sistema configurado para apenas poder receber conteúdos de pessoas na sua lista de contactos, mas quem tiver seleccionado aceitar conteúdos de qualquer pessoa, arrisca-se a enfrentar uma torrente de imagens enviadas por grupos de adolescentes que esperam divertir-se ao ver a reacção das pessoas.
I had an interesting skytrain ride home today lol pic.twitter.com/R1kDPXLqBQ— Amy Luo (@felawful) June 4, 2019
No fundo, estão a transformar o AirDrop numa mini-rede social de carácter local, com a grande vantagem de que dispensa a necessidade de qualquer app extra ou necessidade de se registarem num qualquer novo serviço. É algo que está incluído de origem e imediatamente disponível nos seus iPhones - sendo que também se percebe porque motivo isto está a acontecer nos EUA, onde a taxa de utilização de iPhones é mais elevada do que, por exemplo, a maioria dos países na Europa.
De qualquer forma ficam avisados: se tiverem o AirDrop aberto a todos, e começarem a receber coisas estranhas enquanto vão no autocarro, comboio, ou num qualquer outro local com grupos de adolescentes (concertos, cinemas, etc.)... já sabem do que se trata.
As tecnologias mudam, mas as brincadeiras serão sempre as mesmas. Como referiu o Carlos, quando o Bluetooth era novidade e moda isto já se fazia.
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