2020/01/24

Cinco conselhos de segurança digital no Dia Europeu da Protecção de Dados


No dia 28 de Janeiro celebra-se o Dia Europeu da Proteção de Dados, que procura sensibilizar os cidadãos para a importância da protecção e segurança dos dados pessoais. E a Sophos lança um conjunto de cinco conselhos que são úteis para esse dia e para todos os outros.


1. Usar passwords seguras

Não baixe a guarda com as suas palavras-passe. As palavras-passe são a porta de entrada para todo o tipo de informação confidencial acumulada em cada conta pessoal e, se elas forem vulneráveis ou repetidas, é como deixar a porta aberta para encontrar a informação. As passwords devem ser complexas e fortes, com pelo menos 8 caracteres, e incluir maiúsculas, minúsculas e números, não devendo ainda ser partilhadas por várias contas. Elas não são apenas importantes para as redes sociais ou para o e-mail, é necessário que estas regras se respeitem também para os dispositivos e aplicações que o permitam.

2. Não clicar em links nos emails

Não clique em links recebidos por e-mail. É normal que um utilizador acumule dezenas de contas pessoais em diferentes aplicações e sites, dos quais recebe e-mails constantes. Através do phishing, os cibercriminosos suplantam a identidade de indivíduos ou empresas para aceder à informação confidencial dos utilizadores (passwords, dados bancários, etc.). Actualmente estes ciberataques estão muito presentes; de facto, um estudo da Sophos revela que mais de metade das vítimas de ciberataques foram atacadas através de phishing. Analise os e-mails recebidos antes de clicar nos links e desconfie de pedidos inesperados para pedir ou confirmar informação confidencial.

3. Cuidado com carregadores USB públicos ou desconhecidos

Proteja o seu telemóvel dos carregamentos USB. Carregar os telemóveis ou dispositivos em postos de carregamento USB públicos pode expor os dispositivos e os dados que contém a um roubo de dados, se o ponto de carregamento tiver sido afectado com algum malware. Para fazer frente a este tipo de ameaças, muitos smartphones, tablets e computadores incluem um modo seguro de carregamento ou acesso a uma porta USB para evitar a transferência de dados e proteger a conexão.

4. Cuidado com as rede WiFi públicas

Desconfie das redes de Wi-Fi públicas. As conexões a redes Wi-Fi abertas são pontos vulneráveis que muitas vezes não contam com garantias de segurança. As ferramentas de spoofing utilizadas pelos cibercriminosos transformam os dispositivos maliciosos em pontos de conexão Wi-Fi falsos, para que os utilizadores desprevenidos se conectem e exponham os seus dados. Se, ainda assim, um utilizador se conecta a uma rede aberta, é recomendável que não aceda a informação sensível (bancos, compras online) e que não descarregue arquivos desconhecidos.

5. Usar um anti-vírus

Utilize sempre um antivírus para o dispositivo móvel. Os telemóveis substituíram os computadores em capacidade e funções e acumulam uma grande quantidade de dados pessoais. É fundamental contar com um software de segurança que proteja os acessos e a informação que os nossos dispositivos móveis armazenam. Uma das melhores formas de dificultar a vida aos cibercriminosos é encriptar os dados e proteger o seu dispositivo através de um antivírus com ferramentas adicionais de segurança, como armazenamento de palavras-passe e um verificador de links e/ou conexões Wi-Fi, para que o dia a dia seja muito mais seguro.


Apenas algumas considerações adicionais...

No ponto 1, esqueçam as passwords com 8 caracteres. Utilizem pelo menos 12 caracteres, e preferencialmente 16 ou mais. Nada como aproveitarem a oportunidade para usar um gestor de passwords, e activarem a autenticação 2-factor sempre que possível - sendo de importância crítica para os serviços mais importantes (mas não via SMS - usem os geradores de códigos).

No ponto 4, nada como recorrer a uma VPN sempre que estão fora de casa, ou pelo menos quando usam uma rede WiFi desconhecida. Ajudará a eliminar 99% das incertezas nessas situações, e a contribuir para uma maior segurança.

No ponto 5, sendo uma lista de recomendações de uma empresa de anti-virus e produtos de segurança, já seria de esperar. Não considero que seja necessário usar um anti-virus num smartphone - excepto nos casos em que costumarem instalar apps de fontes não oficiais (coisa que também não é recomendável de qualquer forma); ou talvez para pessoas menos informadas e mais susceptíveis a clicarem em tudo o que lhes aparece pela frente. Dito isto, é preciso estar sempre atento... e sempre que algo parecer suspeito ou estranho, jogar pelo seguro.

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