2020/12/03

Uso de dados móveis aumenta para os 5GB/mês em Portugal

A Anacom já publicou o seu relatório trimestral, que comprova o aumento do uso dos dados, e também das chamadas de voz, no terceiro trimestre de 2020.

O tempo de confinamento e distanciamente por conta do Covid-19 faz com que seja mais frequente o recurso às tele-comunicações, e isso ajudará a explicar o aumento do número médio de minutos de chamadas e dos gigabytes gastos nos smartphones. Segundo o relatório da Anacom, os portugueses passaram a estar ao telefone 236 minutos por mês, face aos 205 minutos do ano passado.

Mais interessante para nós, é a tendência que se verifica no consumo de dados, que também registou um aumento significativo, passando dos 4.2GB para os 5.3GB mensais, o que corresponde a um aumento de 25%.


Quanto à quota dos operadores, a MEO lidera com 40.6% do mercado mobile, seguida pela Vodafone com 30.2% e NOS com 26.4%; e numa muito distante quarta posição surge a Nowo com apenas 1.6%.


Apenas para referência, nos tarifários pós-pagos Red da Vodafone será preciso pagar €30.9 por mês para ter 5GB de dados.

Enquanto nos pré-pagos, o tarifário personalizado You permite 5GB de dados mensais por €20 a cada 4 semanas (o que acaba por dar perto de €22 efectivos por mês), e infelizmente continuando também a insistir na "oferta" de dados para serviços específicos (zero rating) - que apresenta como sendo um benefício para os clientes mas que apenas serve para fazer com que os dados sejam mais caros, e que o Tribunal de Justiça da UE já veio clarificar que viola a neutralidade da net.

De qualquer forma, e tendo em conta a evolução do consumo de dados móveis dos portugueses, um bonito gesto de final de ano por parte dos operadores seriam desde já actualizar os limites de tráfego dos tarifários, e isto para não avançar já para os dados ilimitados como serviço básico em todos os tarifários.

5 comentários:

  1. Tenho o Meo Unlimited L (agora mudou de nome para outro qualquer), 9.5€ com 7gb e 4000min, não é preciso gastar muito dinheiro para ficar bem servido, e já estou com isto há 3 anos.

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  2. Se os “zero rating” violam a net-neutrality, porque continuam a existir?
    Não há organismos que possam actuar sobre isso ou algum enquadramento legal a usar?
    Quem precisaria de desencadear o processo?

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  3. Não forcem o fim do zero rating, toda a gente sabe que caso as operadoras sejam obrigadas a acabar com isso vão continuar com os mesmos tarifários e simplesmente vão dizer que por imposição de terceiros foram obrigados a acabar com os dados ilimitados nas tais aplicações. É assim que esses chulos funcionam aqui em Portugal.

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    1. Não é por algo ser errado, que se deve ceder. Foi assim no caso das fidelizações que sõ piorou. Tem de haver regulação forte

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  4. O estado poderia simplesmente mudar a lei e proibir:
    - Interferir no tráfego;
    - Descriminar tráfego;
    - Ter limites de tempo;
    - Ter limites de tráfego.

    Se os operadores fizessem vinca pé, podiam tirar-lhes as licenças de operação.

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