Quem considerar o smartphone o melhor amigo do Homem, poderá não gostar de saber que também se pode tornar no primeiro a denunciá-lo em caso de suspeita de crimes.
Nos EUA um homem foi condenado a 16 anos de prisão por ter matado a sua esposa, com a ajuda dos dados de movimento registados na app Health do seu iPhone e no da sua esposa. A sua esposa, modelo erótica nos sites de webcams, foi encontrada morta à porta de casa, usando apenas um soutien e com uma garrafa ao seu lado. Quando interrogado pela polícia, o marido disse que ela tinha bebido demasiado e que devia ter escorregado, e que se encontrava a dormir na hora em que ela teve o "acidente". Infelizmente para ele, levava consigo uma testemunha tecnológica, o seu iPhone.
Dados do registo de movimento no iPhone indicaram que ele deu 18 passos logo após as 23h, coincidindo com o momento em que o iPhone da sua esposa deixou de registar movimento, contrariando a sua história de que tinha ido para a cama às 22h30.
Antes que se comece a analisar sobre se seria possível matar alguém em apenas 18 passos, importa referir que a polícia também encontrou as suas impressões digitais na arma do crime, a garrafa, e que os dados do iPhone apenas serviram para ajudar ao caso. De qualquer forma, faz-nos pensar no que seria caso também tivesse um Apple Watch a registar a frequência cardíaca, registando um "retrato" completo do crime.
Obviamente que a maioria dos criminosos já está bem ciente de que não deve levar um smartphone consigo para as suas "actividades", mas para todos os casos de crimes passionais e não-premeditados, é de prever que a utilização deste tipo de registos - e outros, como potenciais gravações captadas pelos assistentes digitais e smart devices como os Amazon Echo ou Google Home - se vá tornar cada vez mais frequente.
P.S. Há também que ver o lado contrário, estes mesmos dados poderiam contribuir para inocentar um suspeito, se por acaso se comprovasse a ausência de movimento e uma frequência cardíaca reduzida, por exemplo.
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