José Luis Pereira faz parte de um grupo de pessoas que mantém o olhar atento nos planetas do sistema solar, com preferência pessoal por Júpiter sempre que possível, e usando o software DeTeCt que se encarrega de analisar as imagens para procurar impactos. E no passado dia 13 de Setembro, teve sorte.
Contrariando as expectativas reduzidas de que as condições atmosféricas não iriam permitir as observações, acabou por conseguir gravar 25 vídeos. Apesar de parecer ver um pequeno brilho no vídeo inicial, não prestou muita atenção a isso, optando por atirar os vídeos para o DeTeCt, que no dia seguinte o alertou para uma probabilidade de ter apanhado um impacto.
Apesar de Júpiter funcionar como uma barreira de defesa para os planetas interiores do sistema solar, com a sua imensa gravidade a atrair muitas potenciais ameaças e também muitos asteróides da cintura de asteróides, apanhar estes impactos em vídeo continua a ser uma raridade. Temos casos famosos como o impacto do Shoemaker-Levy 9 em 1994, ou outro impacto em 2009 que causou perturbações na atmosfera com área superior à do oceano Pacífico.
Para Júpiter será apenas mais um dia normal de trabalho, mas alguns destes impactos tivessem acontecido na Terra, muito provavelmente iríamos fazer companhia aos dinossauros na lista das raças extintas.
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