2021/09/13

Twitch recorre aos tribunais para lidar com utilizadores tóxicos

O Twitch está a processar dois utilizadores, pela organização de campanhas de ódio contra vários streamers.

A internet e os serviços online permitem ligar todas as pessoas a todas as outras pessoas, mas infelizmente isso aplica-se tanto para o bem como para o mal. Desta vez é o próprio Twitch a reconhecer a sua incapacidade de lidar com campanhas organizadas de ódio direccionadas contra streamers de raça negra ou da comunidade LGBTQIA+, e por isso levando o caso para os tribunais. Algo que só acontece depois de uma série de streamers organizar um dia "desligados", para chamar a atenção do serviço para esta situação.

Os utilizadores em questão são apenas conhecidos pelos seus nicks "Cruzzcontrol" e "CreatineOverdose", que entretanto foram banidos mas continuam as suas acções criando novas contas alternativas que o Twitch tem sido incapaz de detectar atempadamente. Estes utilizadores utilizam milhares de bots para inundar os streams com comentários racistas e homofóbicos, e durante meses têm conseguido escapar às tentativas do Twitch para os deter.

Apesar do Twitch suspeitar que estes utilizadores são Europeus, a sua esperança é que o processo possa desbloquear os processos legais que possam levar à sua identificação.

Infelizmente este é um fenómeno frequente e que parece estar em expansão, que tira partido do sentimento de impunidade que muitos utilizadores sentem ao usar a internet atrás do manto de um nick anónimo. Num instante, até uma pessoa "normal" no seu dia a dia pode transformar-se num troll capaz de vociferar as maiores atrocidades. E o pior é que isso tem efeito de contágio, fazendo com que outros se juntem, criando movimentos difíceis de combater (como o Twitch está a descobrir). É triste ver estes casos terem que chegar aos tribunais para, eventualmente, serem resolvidos - mas é importante apostar na educação e responsabilização, e relembrar que mesmo aquilo que se pode dizer ou fazer online como "brincadeira" pode acarretar as devidas consequências.

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