Na transição para o novo século, o bug do ano 2000 levantou preocupações por existirem inúmeros serviços que só pediam dois dígitos finais do ano, e que com a chegada do ano 2000 poderiam não saber distinguir se o 00 representava 1900 ou 2000. E com a chegada do Chrome 1000, é o browser da Google que irá passar por algo idêntico.
Quando os browsers comunicam com os servidores para pedirem uma página web, enviam informação chamada "User Agent" que indica que browser e versão se trata, e que é algo como:
Mozilla/5.0 (Windows NT 10.0; Win64; x64) AppleWebKit/537.36 (KHTML, like Gecko) Chrome/96.0.4664.45 Safari/537.36
Alguns sites, para identificarem o Chrome, também pouparam o trabalho e vão buscar apenas os dois dígitos a seguir ao "Chrome/", fazendo com que o futuro Chrome/100 seja visto como o antiquado Chrome/10 - e, no caso de algumas frameworks, isso é suficiente para que o site se recuse a funcionar num browser tão antigo.
A Google tem estado a tentar trabalhar no assunto, pedindo aos developers que se preparam para isto, e também prepara uma solução de recurso que pode desenrascar os casos onde não houver actualizações: trocando o número das versões e fazendo com que o Chrome 100 se apresente como "Chrome/99.100", assim fazendo com que sites antigos pelo menos considerem o Chrome 100 como sendo "99".
Ainda temos algum tempo até lá, e é pouco provável que a maioria dos utilizadores se depare com um site que deixe de funcionar no Chrome 100, mas se tal vier a acontecer, já sabem qual poderá ser a causa. E se assim for, poderá ser necessário um salto ao chrome://flags e activar o #force-major-to-minor.
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