Se continua a ser chocante a impunidade com que chefes de estado declamam demagogia na TV, e enquanto soldados e civis têm que sofrer com isso, nas redes sociais também se assiste a uma guerra. Plataformas como o Facebook e Twitter tornam-se também em campos de batalha digitais, onde propaganda e desinformação são as tácticas usadas, e o silenciamento de contas se torna no acto de sabotagem mais comum.
Tal como já se fazia nos meios de comunicação tradicionais, o que interessa é manter a confusão. Isso passa por fazer passar informação falsa e desinformação como sendo verdadeira, enquanto se silencia quem tenta reportar informação verdadeira ou desmentir as falsidades. Com um exército de bots que já demonstrou o que vale em inúmeras situações anteriores, a Rússia também domina por completo a guerra nesta frente - sendo bastante complicado saber o que é verdade ou não.I am back again after having been locked out twice in 24 hours. First time for a post debunking the "foiled sabotage / gas attack" and second time for a post debunking the "Ukrainian attack into Russia". @Twitter needs to do something against these locks now.
— Oliver Alexander (@OAlexanderDK) February 23, 2022
As plataformas sociais já tinham dificuldade em lidar com situações comuns de "abuso" concertado de pequenos grupos contra contas específicas, agora irão descobrir que estão completamente inaptas para lidar com ofensivas em larga escala como a que está a decorrer.
Depois do caso das eleições norte-americanas, que parece ter resultado em poucas mudanças práticas, veremos qual será o impacto que uma guerra total de propaganda digital poderá ter nas suas regras e métodos de operação.
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