2022/02/25

Invasão russa da Ucrânia também se luta nas redes sociais

Com a Rússia a invadir a Ucrânia, para além da guerra no terreno também se assiste a uma guerra nas redes sociais.

Se continua a ser chocante a impunidade com que chefes de estado declamam demagogia na TV, e enquanto soldados e civis têm que sofrer com isso, nas redes sociais também se assiste a uma guerra. Plataformas como o Facebook e Twitter tornam-se também em campos de batalha digitais, onde propaganda e desinformação são as tácticas usadas, e o silenciamento de contas se torna no acto de sabotagem mais comum.
Tal como já se fazia nos meios de comunicação tradicionais, o que interessa é manter a confusão. Isso passa por fazer passar informação falsa e desinformação como sendo verdadeira, enquanto se silencia quem tenta reportar informação verdadeira ou desmentir as falsidades. Com um exército de bots que já demonstrou o que vale em inúmeras situações anteriores, a Rússia também domina por completo a guerra nesta frente - sendo bastante complicado saber o que é verdade ou não.

As plataformas sociais já tinham dificuldade em lidar com situações comuns de "abuso" concertado de pequenos grupos contra contas específicas, agora irão descobrir que estão completamente inaptas para lidar com ofensivas em larga escala como a que está a decorrer.

Depois do caso das eleições norte-americanas, que parece ter resultado em poucas mudanças práticas, veremos qual será o impacto que uma guerra total de propaganda digital poderá ter nas suas regras e métodos de operação.

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