Enquanto por cá se reforçam as medidas de privacidade, na China, o Weibo - o seu equivalente do Twitter - vai publicar a localização dos utilizadores.
Se no Twitter e outras redes sociais a publicação da localização é normalmente algo opcional, no Weibo vai passar a ser obrigatória, exibindo a província dos utilizadores na China e o país de origem para os utilizadores internacionais. O objectivo, dizem, é reduzir o mau comportamento na rede e a desinformação, permitindo ver de onde é que um utilizador está a publicar as coisas.
Confesso que não percebo muito bem o que a publicação de uma suposta localização irá ajudar no combate à desinformação, já que será muito provável que quem o quiser fazer o faça via uma VPN ou serviço estilo Tor, que esconderá o seu verdadeiro endereço e localização - pelo que a publicação obrigatória da localização arrisca-se a ser potencialmente mais interessante para quem estiver a acumular informação sobre potenciais alvos em regiões especificas, para ataques direccionados.
É certo que todos estamos sujeitos às alterações que os serviços digitais bem entendem fazer (como o fim do espaço ilimitado no Google Photos ou na Amazon) e sem que nada se possa fazer; mas pelo menos ainda nos podemos considerar com sorte por sabermos que neste tipo de coisas de invasão de privacidade, ainda vamos tendo algum controlo e restrições quanto ao que as empresas podem fazer no ocidente - mesmo não se podendo ignorar todo o vasto sub-mundo que tira partido da recolha de dados, que funciona nos bastidores de cada página que se visita na web.
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