A China está a reforçar a aposta no seu sistema operativo Kylin para evitar a dependência no Windows.
O objectivo da China se afastar dos sistemas operativos ocidentais não é algo novo. Há muito tempo que a China tem apostado no Kylin como alternativa ao Windows, e agora reforça essa aposta.
A nova iniciativa openKylin conta com a parceria de uma dezena de empresas, e qualquer indivíduo interessado, para contribuir para o sistema operativo chinês. Isto, com o objectivo de o tornar mais apelativo e capaz de começar a ter impacto prático, já que apesar dos desejos da China, o Windows continua a ser usado em 85% dos computadores, e o macOS tem também conquistado cada vez mais chineses por conta dos MacBooks.
Ao estilo do que aconteceu com a Huawei quando lançou o HarmonyOS, e revelou ser apenas um Android disfarçado, também o Kylin é um sistema que é baseado em Linux e tira partido de todo o desenvolvimento já feito pela comunidade open-source (o que não deixa de ser uma excelente opção, em ambos os casos).
Como o caso da Huawei demonstrou, a dependência da China em tecnologia ocidental é um risco, já que a porta se pode fechar a qualquer momento - e por isso faz todo o sentido que tente reduzir essa exposição.
Aliás, é algo que também a Europa deveria fazer. Infelizmente, as iniciativas que tentam substituir o Windows e produtos Microsoft por alternativas open-source acabam quase sempre por ser derrotadas pelo comodismo e pressão da MS, fazendo com que em muitos casos se regresse ao Windows. Mas, com cada vez mais serviços a migrarem para a cloud, começamos a ficar no ponto em que o sistema operativo base vai perdendo importância, bastando que exista um browser para se ter acesso ao que se precisa.
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