Os atrasos na transição para os modems 5G da Apple nos iPhones parecem ser devido a questões de patentes.
Há anos que a Apple está a trabalhar no desenvolvimento dos seus modems 5G para se livrar da Qualcomm, tendo até comprado a divisão da Intel que também estava a trabalhar nisso. Mas o atraso nessa transição, que alguns assumiam dever-se a problemas técnicos, parece estar afinal relacionado com questões de patentes com a Qualcomm.
Os tribunais rejeitaram recentemente os pedidos da Apple para tentar invalidar algumas patentes, e isso faz com que a Apple continue presa à Qualcomm por mais alguns anos. E curiosamente não são questões de ordem técnica do 5G, mas sim coisas bastante mais básicas, como o sistema de cancelar uma chamada com o envio de uma mensagem a dar um motivo, ou a forma como se faz a transição entre uma chamada e uma app.
A questão é que, por agora, a Apple pode implementar esses sistemas por estarem englobados no acordo que tem com a Qualcomm (em vigor até 2025 com opção de prolongamento até 2027), mas se a Apple quiser cancelar o acordo e adoptar os seus próprios modems 5G, a Qualcomm pode processá-la. Por outro lado, essas patentes expiram em 2029 e 2030, pelo que no final da década isso deixará de ser problema - até lá, vai ser interessante ver como é a Apple vai lidar com o caso, já que não é previsível que a Apple espere tanto tempo para começar a usar os seus próprios modems 5G nos iPhones.
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