A China tem estado a aumentar a sua estação espacial Tiangong a ritmo acelerado, mas não se tem preocupado muito com os efeitos colaterais dos seus lançamentos. O mais recente módulo foi lançado num foguete Long March 5B a 24 de Julho, voltando a deixar o foguete descartado numa reentrada descontrolada, que faz com que o local de queda seja uma autêntica lotaria.
Felizmente, as probabilidades estão a favor da China, com o foguete a desintegrar-se e a despenhar-se sobre o oceano Índico. Mas, em 2020, já se assistiu a um caso em que destroços de um destes foguetes provocaram estragos na Costa do Marfim.
meteor spotted in kuching! #jalanbako 31/7/2022 pic.twitter.com/ff8b2zI2sw
— Nazri sulaiman (@nazriacai) July 30, 2022
A China vai lançar o módulo final da sua estação espacial em Outubro, voltando a levantar preocupações sobre onde irá cair o foguete; e no próximo ano lançará o seu telescópio espacial, demonstrando que este receio irá continuar pelos próximos anos - pelo menos até que também comece a desenvolver foguetes reutilizáveis ao estilo da SpaceX, que aterrem de forma controlada; ou, pelo menos, que adopte uma política de maior transparência a nível de indicar as trajectórias utilizadas para que se possa ficar com uma melhor ideia dos países em risco de levarem com um foguete ou os seus destroços.
A ideia da China: eu faço o que quiser, os outros que se arranjem.
ResponderEliminarNa verdade, não é a ideia da China.
EliminarÉ ideia de quem se sente com (mais) poder sobre os outros.
A China sente que tem poder e faz aquilo que (infelizmente) a natureza humana leva aos seres humanos a fazer: Impor o poder sobre os que estão "por baixo".
Se os que estão "por baixo" tiverem capacidade de resposta, poderão fazê-lo e até, porventura, ficar por cima.
Mas...
Trata-se da China, não é?
Pois.