A Google anunciou que vai começar a testar os seus novos óculos de realidade aumentada em público, uma década após os Google Glass.
Em breve poderemos começar a ver óculos de realidade aumentada da Google a circularem entre o público, mas demonstrando ainda as repercussões do trauma que sofreu com o Google Glass.
Além de, numa primeira fase, os óculos se destinarem apenas a alguns funcionários e pessoas de confiança, a Google dá mais destaque às questões de privacidade do que propriamente às capacidades técnicas dos óculos - seguramente para tentar assegurar que não se repetem as polémicas do Google Glass. Apesar dos óculos terem câmaras, não será possível aos utilizadores utilizarem-nas para tirar fotos ou gravar vídeos, sendo usadas exclusivamente para as funções dos óculos, como a identificação de objectos ou tradução de textos. Adicionalmente, nos casos em que for gravado vídeo para efeitos de análise pela Google, haverá um LED bem visível a indicar a gravação, haverá a remoção de elementos sensíveis como rostos ou matrículas de automóveis, com as gravações a ficarem num servidor seguro com acesso restrito a apenas alguns funcionários, e sendo eliminado dos servidores num prazo de 30 dias.
É compreensível que a Google queira evitar uma repetição da história dos Glass. Por ridículo que possa parecer, à custa disso, a Google perdeu uma década neste campo - e quem poderá imaginar como as coisas poderiam ter evoluído se o Google Glass tivesse sido um mega-sucesso, com adopção imediata a preço reduzido. Mas, parece-me que será mais um daqueles casos em que, mesmo esquecendo a polémica da potencial invasão de privacidade por se ter uma câmara discreta sempre à frente dos olhos, a tecnologia na altura ainda não estava no ponto para permitir a sua implementação, a começar por coisas básicas como a autonomia (que se limitava a poucas horas, ou nem isso).
Veremos se, uma década mais tarde, já teremos a capacidade tecnológica para criar óculos de realidade aumentada, com capacidades suficientes para uma utilização prática, e a preço que permita que cheguem ao rosto das pessoas.
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