Rostos, matrículas, nomes, idades e número de identificação de milhões de cidadãos chineses, estavam publicamente acessíveis na internet.
O desejo da China (e não só) acumular dados, faz com que aumentem também os riscos desses dados, inevitavelmente, poderem cair nas mãos erradas. E neste caso, pode dizer-se que caíram nas mãos de todos.
A Xinai Electronics é uma empresa chinesa que faz controlo de acessos através de câmaras, permitindo o controlo de veículos através das matrículas (para abertura de portões, ou pagamento automático em parques), e também de utilizadores através de reconhecimento facial. No entanto, parece não ter prestado a devida atenção às questões de segurança, já que 800 milhões de registos estavam acessíveis publicamente a todos os que se dessem ao trabalho de procurar por eles, sem qualquer tipo de protecção.
Os dados incluíam a imagem de veículos e pessoas, com locais, data e hora marcados, assim como identificação das matrículas, nome das pessoas, idade, sexo e número de identificação nacional.
O investigador que deu com estes dados não foi o primeiro, pois lá pelo meio também descobriu um documento deixando por um atacante, que dizia ter roubados os dados e pedido um resgate; o que confirma que todos estes dados já andarão a circular pelo submundo dos dados roubados.
Pode ser que sirva de exemplo. Nada como um estado que promova a vigilância em grande escala dos seus cidadãos ver esses dados expostos globalmente, facilitando o trabalho de agências de outros países na identificação, localização, e criação de perfis dessas pessoas - incluindo políticos - para que talvez repensem a sua posição quanto à acumulação de todos esses dados. Como o Signal faz questão de frisar, os únicos dados seguros são os dados que não se guardam.
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