Elon Musk apresentou em sua defesa estimativas do número de bots no Twitter, usando uma ferramenta que o considera a ele próprio um bot.
A novela do "casamento indesejado" entre Musk e Twitter (leia-se: a compra do Twitter da qual Musk deseja escapar) continua nos tribunais. O argumento oficial utilizado para tentar cancelar a compra tem sido o número de bots no serviço, e próprio processo de tentar calcular essas contas falsas tem sido bastante problemático.
Numa das últimas rondas, Musk apresentou um relatório usando o Botometer, que indica que o Twitter tinha 33% de contas falsas, muito acima dos 5% indicados pelo Twitter. Mas, esse relatório pode virar-se contra si próprio, já que o próprio criador do Botometer diz que esses números de nada valem sem o contexto adequado, e que facilmente podem ser manipulados para se obter qualquer resultado desejado. Aliás, bastará referir que essa mesma ferramenta indica que a conta de Elon Musk é um bot em grande parte dos dias.
O criador do Botometer revela-se também surpreendido que Musk, um homem com vastos recursos, não tenha criado uma equipa para avaliar a quantidade de bots no Twitter usando sistemas mais avançados, limitando-se a usar a sua ferramenta - que, no próprio site, refere que deve ser usada como complemento de outros sitemas e nunca como sistema para dar resultados infalíveis. Isto para não falar na quantidade de contas que, mesmo podendo ser consideradas "bots" - como contas que apenas emitem alertas - podem ser perfeitamente válidas e justificáveis, não sendo contas spam.
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