Musk tem assumido uma posição de que o Twitter será um local onde a liberdade de expressão será total, e tendo referido que não acredita na expulsão permanente de utilizadores. Mas, não demorou muito a dar o dito por não dito, suspendendo a conta de da comediante Sarah Silverman poucos dias após ter tweetado que o Twitter seria agora um local seguro para a comédia.
1) 9 days ago, 2) yesterday 3) today. We have fun pic.twitter.com/eTKAp8PBuK
— Sarah Silverman (@SarahKSilverman) November 7, 2022
Este caso segue-se a todos os alertas e críticas do pesadelo que será o sistema que Musk implementou no Twitter, de dar o símbolo de conta verificada a cada pessoa que pagar a mensalidade de $8 do Twitter Blue, sem qualquer tipo de verificação. Algo que permite que qualquer desconhecido que pague o valor possa usar um nome de outra pessoa conhecida e, à primeira vista, poder iludir utilizadores mais desatentos que apenas olhem para o nome e para o símbolo de verificado - que foi precisamente o que Sarah Silverman fez, mudando o seu nome para Elon Musk.
Em resultado disso, agora Elon Musk diz que é ilegal adoptar um nome de outra pessoa - a não ser em caso de paródia (que era precisamente o caso, mas que não evitou que a conta fosse cancelada) - e que apenas serve para deitar mais lenha para a fogueira, parecendo ir inventando e alterando as regras conforme lhe convém (também tinha dito que não haveria contas canceladas sem que primeiro o caso fosse analisado por um comité ainda inexistente).
Será apenas um de muitos mais casos que seguramente irão acontecer ao longo dos próximos tempos. E, aparentemente, até o anterior dono e criador do Twitter, parece estar a entrar em conflito crescente com Musk, criticando o tracking que foi adicionado aos links no Twitter, e também como é que Elon Musk assegurará que o Twitter se torne na fonte de notícias mais fiável do mundo.
accurate to who?
— jack (@jack) November 7, 2022
Esta novela tem para mim grandes semelhanças com o mundo do futebol atual. Clubes que passam a SADs comprados por hedge funds via offshores pagas por magnatas bilionários de origem duvidosa que compram jogadores a peso de ouro; negócio e negociatas; sistemas de apostas internacionais de ética questionável e futebol; campeonatos e ligas exclusivas; países nada democráticos a organizar eventos desportivos; direitos humanos e de minorias adormecidos em nome do dinheiro; enfim... jogo jogado puro e duro que é bom: quase nada!
ResponderEliminarVivemos numa sociedade comandada pelo capitalismo neo liberal.
EliminarÉ apenas a ponta do iceberg, porque se não existissem regulamentações, a coisa seria vertiginosamente ainda mais selvagem.