A utilização dos SMS tem estado em queda, mas isso não tem impedido o serviço de continuar a ser usado - até para coisas que não devia, como para validações de segurança.
Hoje em dia tomamos por garantido poder escrever mensagens num smartphone e enviá-la para qualquer pessoa do mundo, mas nem sempre foi assim. O primeiro SMS foi enviado a 3 de Dezembro de 1992 por Neil Papworth, com a mensagem "Merry Christmas", tendo sido escrito num PC pois ainda não havia forma de a escrever num telemóvel.
Em Portugal foi preciso esperar até Outubro de 1995 para que a TMN (agora MEO) e a Telecel (agora Vodafone) disponibilizassem o serviço, mas foi necessário esperar até Fevereiro de 2000 para que as operadores permitissem a comunicação entre as diferentes redes.
Curiosamente, segundo dados da ANACOM, o pico de utilização de SMS em Portugal foi atingido em 2012 com 27 milhões de SMS enviadas por mês, valor que em 2021 se reduziu para quase um terço, com "apenas" 10 milhões de SMS por mês. Um fenómeno que pode ser facilmente explicado pela década de adopção dos smartphones e da chegada de muitos mais serviços de comunicações que dispensam a necessidade de envio de SMS.
Menos compreensível é que, mesmo após anos de alertas de especialistas e entidades de segurança, que desaconselham fortemente o uso de SMS para efeitos de operações de segurança (os SMS podem ser facilmente manipulados, permitindo o seu envio com remetentes falsos; ou de irem parar à mão de atacantes via ataques SIM Swap) continuamos a ver bancos e outras entidades e serviços a utilizarem-no como suposto "método seguro" para validar coisas.
Para o futuro, temos o RCS que visa dar aos SMS a modernidade necessária, equiparando-o às funcionalidades que se têm nos demais serviços de mensagens modernos; mas cuja adopção tem sido lenta e demorada, e continua a sofrer com a teimosia da Apple em não implementar esse standard. Talvez as coisas mudem perante as intenções da UE de obrigar as empresas a facilitarem o processo de intercomunicação entre diferentes serviços de mensagens.
2022/12/03
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