ChatGPT criticado por não fazer poema sobre Trump

O ChatGPT continua a dar que falar, mas desta vez sofrendo acusações de favoritismo político que penaliza Donald Trump.

Não há nenhum assistente digital que escape a polémicas - basta relembrar todos os projectos que, no passado, foram suspensos ou cancelados após serem convencidos a debitar baboseiras racistas e insultuosas - e o ChatGPT não é excepção.

Desta vez, temos o caso do ChatGPT se ter recusado a criar um poema sobre os atributos positivos de Donald Trump, mas fazendo-o sem qualquer problema para Joe Biden. Um caso que imediatamente foi utilizado para acusar da OpenAI de favoritismo político.

Não fosse a questão do nome em questão ser "Donald" com "Trump" à frente, e depressa se constataria que o ChatGPT dá o mesmo estilo de resposta para uma vasta categoria pedidos sobre pessoas. Recusas que muitas vezes podem ser ultrapassadas "dialogando" com o ChatGPT e pedindo-lhe para "imaginar coisas", ou para dar a resposta como se fosse "outra pessoa" (por exemplo, como se estivesse a escrever um filme).

Tirando a questão da polémica política, que até já resultou em ameaças aos funcionários da OpenAI(!), o ponto tecnológico mais interessante é que nem a própria OpenAI sabe exactamente porque motivo o ChatGPT teve este comportamento. Uma vez que estes modelos se baseiam na aprendizagem de milhares de milhões de exemplos, a suspeita é de que estará relacionada com a remoção de conteúdos considerados demasiado polémicos - que caricatamente, teriam como propósito evitar este tipo de situações.

É que, bem se pode imaginar que, qualquer que fosse a resposta que o ChatGPT desse a questões sobre Trump, haveria sempre um qualquer exemplo que poderia ser usado para acusá-lo de uma forma ou de outra.