Das muitas coisas que apresentou, dos seus óculos Vision Pro ao iOS 17 e demais sistemas, houve algo que a Apple se esforçou por não mencionar uma única vez: AI ou Inteligência Artificial.
Tal como nos óculos Vision Pro a Apple disfarçou magistralmente o cabo pendurado, também em toda a sua sessão inicial teve particular cuidado, com toda e cada palavra a ter sido cuidadosamente escolhida. E desta vez o que se destacou não foram as palavras chaves repetidas até à exaustão, mas sim a ausência de algumas delas.
Ao longo de toda a sessão não se ouviu a designação AI ou Inteligência Artificial uma única vez. E torna-se curioso que, para o evitar, a Apple teve que fazer referência a coisas como machine learning e, contrariamente ao que é sua tradição, referir elementos mais detalhados internos, que normalmente se englobam dentro da designação genérica "AI", como o modelo Transformer - que é o utilizado em sistemas como o ChatGPT, Dall-E, etc.
Em praticamente todas as referências em que se poderia usar AI, a Apple optou por usar o termo machine learning, quase sempre acompanhado pela referência adicional de que o processamento é feito localmente no dispositivo, sem necessitar de enviar dados para servidores externos.
Mas claro que tudo isso não impediu notar-se a principal ausência que demonstra que a Apple se deixará ter ficado para trás nesta área: não houve também qualquer referência a melhorias na Siri nem o uso dos novos sistemas AI para lhe dar uma necessária dose de modernidade.
E, ao contrário do inacessível Vision Pro, que só chega para o ano e para "meia dúzia" de pessoas dispostas a pagar o seu preço exorbitante, qualquer melhoria na Siri seria algo que beneficiaria de imediato as centenas de milhões de utilizadores de dispositivos Apple.
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