Investigadores demonstraram que os mapas de actividade anonimizada do Strava nem sempre são tão anónimos quanto se possa pensar.
Recordando os fantasmas de 2018, quando os dados do Strava permitiram descobrir bases militares secretas, temos novo caso que relembra que mesmo os dados supostamente anónimos podem conter informação que permite identificar utilizadores individuais.
Neste caso, investigadores recorreram aos "heat maps" do Strava, que combina a informação da actividade dos utilizadores numa determinada região, para que possam saber que percursos são mais populares. Esta informação não contém informação sobre os utilizadores que fazem esses percursos, mas com um pouco de trabalho, os investigadores conseguiram descobrir os pontos de início e fim de trajectos "anónimos", que numa percentagem significativa das vezes, permite identificar a sua morada de residência.
É um pouco o repetir dos dados "anónimos" de viagens de carro, que na maior parte dos carros permite individualizar pessoas, uma vez que o ponto de partida (casa) e ponto de destino (trabalho), são por si só suficientes para criar a desejada diferenciação dos dados.
No caso do Strava, o sistema acaba por só ser funcional em áreas com pouca densidade residencial, para permitir a identificação; não funcionando em cidades ou zonas densamente povoadas, onde possa haver grande sobreposição dos pontos de início e fim. Mas, não deixa de ser uma vertente que pode ser explorada por inúmeras entidades em busca de dados sobre indivíduos, para todo o tipo de fins.
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