Quem comprar um Cybertruck do lote de lançamento não será verdadeiramente o seu dono, pelo menos não durante o primeiro ano. Isto porque a Tesla tem uma cláusula bastante curiosa, que proíbe os clientes de venderem o seu Cybertruck. Se o quiserem fazer, terão primeiro que pedir consentimento à Tesla, que terá direito preferencial para comprar o veículo ao preço de compra menos desvalorização de $0.25/milha percorrida, assim como de outros custos que possam ser necessários para reparar o veículo e deixá-lo em condições.
A medida é considerada extremamente abusiva por uns, mas é tolerada por outros, relembrando os casos de outros veículos eléctricos com produção inicial reduzida, e que foram alvo de preços inflacionados. Com esta cláusula, a Tesla procura evitar que alguns dos primeiros compradores sejam tentados pelo lucro fácil de venderem imediatamente o seu Cybertruck a preços especulativos - sendo certo que não deveria ser difícil encontrar pessoas que pagassem valores bem superiores por ele (até porque a lista de espera para as encomendas já feitas será de vários anos).
CYBERTRUCK ORDER AGREEMENT!
— Nic Cruz Patane (@niccruzpatane) November 11, 2023
You can’t sell Cybertruck within the first year.
“You understand and acknowledge that the Cybertruck will first be released in limited quantity. You agree that you will not sell or otherwise attempt to sell the Vehicle within the first year following… pic.twitter.com/oul2WjTgdT
No entanto, e vindo do país da "liberdade", seria de pensar que o direito dos consumidores a comprarem - e, se assim o desejassem, venderem logo de seguida - qualquer produto, teria prioridade sobre este tipo de restrições. Se a moda pega, começaremos a ver mais marcas a fazerem isso para os seus veículos, acabando por manipular o preço do mercado de usados (algo que a Tesla já acaba por fazer com as suas constantes alterações de preço)?
Actualização: Demorou pouco tempo; a Tesla removeu esta cláusula passados poucos dias.
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