A Apple tem demonstrado apps "espectaculares" para os Vision Pro, mas os primeiros compradores irão descobrir que a maioria delas são meramente as apps iPhone ou iPad vistas a flutuar no ar.
A Apple tem feito tudo o que pode para promover os dispendiosos óculos Vision Pro, com coisas como os modos imersivos, demonstrações de realidade aumentada, vídeo 3D, etc. Mas, a sua promessa de que existem mais de um milhão de apps para os Vision Pro por altura do seu lançamento acaba por ser bastante enganadora, já que na sua maioria se referem a apps iPhone ou iPad, que aparecem como se estivessem num ecrã virtual a flutuar, sem tirar partido de qualquer capacidade exclusiva dos óculos.
Pelo contrário, aquilo a que se tem assistido são alguns grandes serviços, como a Netflix e o YouTube dizerem que não irão criar apps nativas para os Vision Pro, nem tão pouco permitir que se usem as apps iPhones / iPad nos óculos - remetendo os utilizadores para usarem o serviço através do browser.
Apesar de haver grande curiosidade quanto aos Vision Pro, a verdade é que a Apple acabou por lançá-los numa altura que não será propriamente a melhor, estando a ser alvo de imensas críticas (e processos) quanto à sua intransigência a nível das comissões cobradas (até quando se usam sistemas de pagamento externos), e também as tácticas que vai utilizando para tentar evitar a chegada de app stores alternativas aos seus produtos - sendo que uma das últimas tenta argumentar que a App Store não é uma só loja mas sim cinco lojas que devem ser tratadas separadamente.
Tudo isso faz com que muitos developers e empresas se sintam pouco incentivados a "apoiar" este novo produto, e sem apps de interesse, não há produto que resista (basta relembrar que o verdadeiro segredo do sucesso do iPhone não foi o seu hardware, mas sim a App Store).
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário (problemas a comentar?)