A Apple quer assegurar que a primeira vaga de clientes dos seus óculos Vision Pro terá direito a tratamento de luxo - como se poderá considerar adequado a quem vai comprar um gadget de 3500 dólares (mais taxas). Além do processo de pré-encomenda exigir a utilização de um iPhone ou iPad com Face ID para fazer o scan 3D do rosto para garantir o adaptador ideal dos óculos, o processo de comprar obrigará a passar por uma loja Apple onde os clientes terão uma sessão de demonstração personalizada.
Apesar de se poder considerar a demonstração uma "cortesia" da Apple para um dispositivo tão dispendioso, é bem mais provável que isto seja uma forma da Apple tentar assegurar que os primeiros clientes terão uma experiência positiva e possam falar bem do produto. Nada seria pior para a Apple do que estes primeiros compradores irem para as redes sociais e focarem-se em coisas como: "ter um cabo pendurado é ridículo!", "a autonomia é sofrível!", "o peso torna-o desconfortável ao fim de alguns minutos!", etc. etc.
Por agora permanece a dúvida sobre se estes óculos VR/XR topo de gama irão conseguir cativar os consumidores, sabendo-se que esta primeira geração ultra dispendiosa será inevitavelmente seguida por modelos mais económicos, e pretende funcionar quase como pioneiro para demonstrar o que daqui por alguns anos se tornará possível a preços bastante mais acessíveis. O maior problema é que a Apple não é propriamente conhecida por baixar preços, e apesar de poder lançar óculos mais baratos, há sempre o risco de futuros modelos Pro subirem o preço para patamares ainda mais elevados. Mas, até lá, vai ser curioso ver qual será a receptividade do público a estes primeiros óculos da Apple.
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