Nos EUA assiste-se a um caso curioso, de escolas que querem proibir o uso de telemóveis / smartphones, mas que enfrentam a oposição dos pais dos alunos.
As gerações mais recentes nasceram e cresceram tendo por garantido que a internet é algo que se transporta constantemente no bolso, nem fazendo ideia de que, há não muito tempo atrás, fazer um telefonema era algo que estava implicitamente associado a ficar fisicamente limitado ao comprimento do cabo do telefone até ao final da conversa. A evolução é positiva, mas com isso têm surgido também mais diferenças nas atitudes e nos paradigamas da educação, tanto em casa como nas escolas.
Muitas escolas consideram os smartphones como elementos perturbadores dentro e fora das salas de aula. Não é incomum verem-se crianças e adolescentes, durante os intervalos, isolados cada um no seu mundo agarrados aos smartphones; e isto sem entrar em cenários mais problemáticos, como usarem os smartphone para gravarem abusos a colegas e multiplicarem o factor de bullying. Por outro lado, há também vertentes que se podem considerar positivas, e que podem até incluir coisas como monitorização de parâmetros de saúde em crianças com diabetes. A grande questão é que parece ser difícil encontrar um equilíbrio entre ambos.
Há escolas que adoptam a postura mais simples de proibir o uso de smartphones, mas isso tem enfrentado a oposição de muitos pais, que consideram ser um direito seu estarem em contacto permanente com os seus filhos. Um direito ao qual as escolas respondem habitualmente: "enquanto os alunos estão à nossa responsabilidade, cabe também à escola servir como ponte de comunicação no caso de um aluno querer telefonar aos pais ou vice-versa.
Será necessário que, ao estilo das aulas de cidadania, também se comece a integrar no currículo uma componente das boas regras de utilização de dispositivos electrónicos? Uma que promova a socialização dos alunos dentro do recinto escolar sem que se tenha que chegar ao ponto da proibição total? Talvez. Mas enquanto as escolas não chegam a um consenso, tudo o que os pais podem (e devem) fazer é começar por fazer isso mesmo durante todo o restante tempo em que os seus filhos não estão na escola. E podem começar facilmente por usar as ferramentas de controlo de tempo presentes em sistemas como o Android e iOS, inicialmente para avaliar o tempo que é passado a usar os smartphones, e posteriormente podendo aplicar limites de tempo de utilização do dispositivo, apps, ou horário permitido, para combater potenciais excessos.
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Um conceito básico mas cada vez mais difícil de implementar o direito a estar OFFLINE. Seja o jovem estudante na escola, seja o trabalhador adulto quando está fora do local de trabalho ou de folga, ou até mesmo o familiar/amigo que "apenas" quer ter um fim de semana sem ser incomodado com nada nem ninguém...
ResponderEliminarConcordo.
EliminarJá é possível: basta desligar o telemóvel.
EliminarDiscordo da opinião desses pais.
ResponderEliminarAulas deverão ser sempre com telemóveis em modo offline e, se possível, desligados e longe dos alunos durante o período de duração da aula.
Tenho impressão que o futuro do controlo parental passa por um AI que vai monitorizando o que está a ser feito e toma decisões de acordo com o contexto e em caso de dúvida pergunta aos pais ;)
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