Recentemente descobriu-se que modelos AI de diversas empresas, como a Apple, Nvidia e Anthropic, tinham usado - sem autorização - as legendas de milhares de vídeos do YouTube para o seu processo de treino.
A Apple, que tradicionalmente se posiciona como respeitadora dos direitos e privacidade dos utilizadores e criadores, não demorou para se separar desse "grupo", dizendo que não usa o modelo OpenELM em nenhuma das suas funcionalidades AI, incluindo o seu sistema Apple Intelligence. Diz que o modelo OpenELM foi criado unicamente para "efeitos de investigação". A Apple tinha disponibilizado o modelo OpenELM no Hugging Face Hub, comunidade para modelos AI open-source, e no seu próprio site Machine Learning Research.
Apesar de assegurar que todos os modelos AI usados no Apple Intelligence foram treinados apenas com dados devidamente licenciados, isto não invalida as preocupações do uso indevido de todos os dados "facilmente acessíveis" na internet. Uma preocupação que algumas empresas até tentam inverter por completo, como a Meta, que agora ameaça não lançar os seus modelos AI na Europa, dizendo que a UE tem "leis incompreensíveis" para o treino de modelos AI - leia-se: não se quer sujeitar a pagar multas bilionárias por se descobrir que anda a usar dados não autorizados para treinar os seus modelos.
Por muito picuinhas que a UE possa parecer, neste caso não se pode criticar que queira saber exactamente que dados foram usados para treinar modelos AI.This is understandable when your data harvesting practices are unpredictable. https://t.co/2fB89hhAIk pic.twitter.com/mKG5s9zXai
— Mysk 🇨🇦🇩🇪 (@mysk_co) July 18, 2024
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