Previsto para ser lançado aos Windows Insiders em Outubro, o Recall, que regista capturas de ecrã para permitir fazer pesquisas sobre tudo o que se tenha feito, volta a sofrer novo adiamento, agora para Dezembro. Segundo a Microsoft, esta medida visa assegurar que o Recall proporciona uma "experiência segura e confiável" aos utilizadores.
O adiamento surge após os esforços da Microsoft para resolver preocupações de segurança levantadas antes do lançamento inicial, originalmente prometido para Junho. Desde então, o Recall passou por várias revisões, com a Microsoft a trabalhar para melhorar as funcionalidades de segurança, incluindo tornar a ferramenta opcional e dar aos utilizadores a possibilidade de a desinstalar totalmente. A Microsoft também reforçou a protecção de dados com a encriptação da base de dados do Recall, sendo o acesso autenticado via Windows Hello.
Apesar do seu potencial para ajudar os utilizadores a procurar e recuperar actividades nos seus PCs através de uma timeline, o Recall gerou controvérsia. Depois de referências ao Recall terem aparecido na versão 24H2 do Windows 11, surgiram rumores de que estaria a ser instalado secretamente em todos os sistemas. Em resposta, a Microsoft esclareceu que o Recall não será obrigatório, e que apenas ficará disponível nos PCs Copilot Plus (que representam uma percentagem ínfima do universo de PCs Windows).
Uma vez mais, apesar das indesculpáveis falhas de segurança inicial, o maior problema do Recall terá sido a forma como foi apresentado. Não é difícil antever que uma outra forma de apresentação tivesse feito com que, em vez de polémico a receado, o Recall tivesse sido bem-recebido e ansiosamente aguardado. Resta esperar que a Microsoft saiba aprender com os erros para não voltar a repeti-los no futuro.
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