Apple critica etiquetas energéticas da UE

Os smartphones e tablets passam a ter etiqueta de eficiência energética na UE, mas a Apple não está satisfeita com a forma de classificação.

Desde 20 de Junho que todos os smartphones e tablets vendidos na União Europeia têm de incluir uma nova etiqueta de eficiência energética. A Apple já começou a exibir estas etiquetas nas páginas dos seus produtos nos países da UE, como o iPhone 16 Pro e o iPad Pro 11" com chip M4, mostrando dados como a duração da bateria, resistência a quedas, e capacidade de reparação.

A Apple, no entanto, não está satisfeita com os critérios definidos pela União Europeia. A empresa considera os testes pouco claros e diz ter baixado voluntariamente a classificação de alguns dos seus dispositivos, por precaução. Além disso, publicou um relatório técnico de 44 páginas (PDF link), onde chama a atenção para falhas que encontrou nos métodos de avaliação utilizados.

Entre as críticas, a Apple aponta que o sistema de classificação prejudica dispositivos mais avançados, ao não ter em conta o tamanho, a resolução ou a tecnologia dos ecrãs. Coisa que desde logo dá vantagem a um tablet fraco de baixo custo face a um tablet mais evoluído de nível profissional. Também considera os testes de queda "imprevisíveis" devido ao número reduzido de amostras exigido (apenas cinco unidades) e à falta de critérios sobre a superfície de impacto. Para validar as suas dúvidas, a Apple recorreu a três laboratórios independentes, e os resultados variaram drasticamente.

No fim de contas, a Apple considera que estes testes não reflectem o que acontece no mundo real e, até que as regras sejam revistas, recomenda cautela na comparação de etiquetas entre marcas. Segundo a Apple, o único dado verdadeiramente fiável para já é o teste de autonomia de bateria.