Existem diferentes tecnologias de baterias usadas nos automóveis eléctricos, mas há promessa de grandes melhorias para os próximos anos.
O componente crítico nos automóveis eléctricos é, como se pode imaginar, a sua bateria (com a excepção dos que usam fuel cells ou outras formas de gerar energia). É a bateria que dita a autonomia que é possível obter no veículo (a par de factores como a eficiência dos motores), e o tempo de recarregamento; e embora actualmente as coisas estejam relativamente estabilizadas com as baterias de lítio e LFP, há possibilidade de se assistirem a melhorias substanciais nos próximos anos.
Podemos usar como referência a necessidade de diferentes tecnologias de baterias que permitam circular 500 km a uma velocidade média de 130 km/h, assumindo um consumo de 25 kWh/100 km, para ver o impacto que cada uma delas tem.
Começando pelas baterias Li-ion convencionais, com densidade energética entre 150-325 Wh/kg e que suportam até 1500 ciclos de carregamento, precisamos de um pack que pesaria entre 400 e 800 kg dependendo das células escolhidas.
Passando para as LFP, que também têm estado em voga, vemos as vantagens e desvantagens. Estas baterias têm menor densidade energética (120 Wh/kg), o que significa que obriga a usar um pack de baterias mais pesado, com 1040 kg. Em contrapartida, são mais baratas e permitem mais de 2000 ciclos de carregamento - ajudando a perceber porque muitos fabricantes têm optado por elas.
Passando-se para as promessas a médio prazo, temos as baterias de estado sólido (solid-state) que têm estado a ser desenvolvidas por várias empresas, e que estão prometidas para os próximos anos. Estas baterias têm o dobro da densidade energética das actuais (até 600 Wh/kg) o que significa que o peso do pack de baterias poderia ser reduzido para apenas 200 kg. Em contrapartida, estima-se que suportem menos ciclos de carregamento (1000 ciclos), e tenham um custo superior.
Mas as coisas não se ficam por aqui. Se entrarmos no campo experimental das coisas que têm sido exploradas, há reais possibilidades de existir mesmo a aguardada grande revolução energética. Tecnologias como a Lithium-Air abrem as portas a baterias que podem ter densidades de 11400 Wh/kg, o que significaria que bastaria um pack de baterias de 11 kg(!) para percorrer 500 km. No entanto, são baterias puramente experimentais que ainda podem estar a décadas de sair do laboratório, e que ainda têm um longo caminho pela frente até eventualmente demonstrarem ser viáveis para uso comercial.
Resta-nos esperar que as baterias solid-state se materializem em breve, e ajudem a melhorar as coisas até essa próxima etapa.
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