O novo Xiaomi YU7 não tem falta de interessados, mas a autonomia é uma das coisas em que os compradores não deverão acreditar no prometido.
Já sabemos que as autonomias do ciclo CLTC (China Light-Duty Vehicle Test Cycle) são demasiado optimistas face ao uso real - usando uma velocidade média de apenas 37 km/h - e isso volta a fazer-se notar. Apesar do YU7 prometer uma autonomia de 750 km, num teste em circunstâncias reais ficou bastante aquém.
O teste foi feito por um site automobilístico chinês numa autoestrada, com um YU7 Max equipado com bateria de 101,7 kWh e tracção integral. Com jantes de 21" e pneus de eficiência, o carro foi conduzido por dois ocupantes a uma velocidade média de cerca de 100 km/h, com o ar condicionado a 24°C e temperatura exterior nos 30°C. Nessas condições, percorreu "apenas" 483 km antes de indicar bateria a zero - ou seja, 64.4% da autonomia indicada.
O teste levou o carro ainda mais além, continuando a circular apesar dos avisos de falta de bateria, tendo conseguido percorrer mais 9 km até parar completamente, atingindo um total de 492 km (65.5% da autonomia oficial). Este valor está dentro da média dos testes semelhantes feitos a outros modelos eléctricos, demonstrando o diferencial habitual entre os números teóricos e a condução real, especialmente em autoestrada a circular a velocidades mais realistas - ainda assim, fica abaixo do que tinha sido conseguido pelo SU7.
Apesar da diferença de autonomia, o carregamento foi um ponto positivo. O YU7 Max foi de 0% a 100% em apenas 37 minutos com um carregador rápido DC, mantendo 300 kW de potência entre os 5% e 70% de carga. No total, consumiu 108,7 kWh, resultando num consumo real de 22.1 kWh/100 km - acima dos 20,2 kWh/100 km indicados pelo computador de bordo. Algo que pode ser motivo para que os utilizadores mais zelosos queiram verificar duplamente os consumos, para não confiarem cegamente num único sistema de leitura.
O que fica por esclarecer é a viagem que o CEO da Xiaomi, Lei Jun, fez para promover o YU7, e em que anunciou ter percorrido 1300 km entre Beijing e Shanghai fazendo uma única paragem para carregamento. Embora isso seja tecnicamente possível, significa que terá que o ter feito a uma velocidade muito abaixo dos 100 km/h.
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