Lucid Air bate recorde de autonomia com 829 km num teste real

A Lucid ficou na primeira posição de um teste de autonomia real, com o Lucid Air a percorrer impressionantes 829 km e superando - por muito - o Model S da Tesla.

A autonomia oficial dos carros eléctricos pode impressionar no papel, mas o que conta é o desempenho no mundo real. Foi isso que mostrou o último teste "El Prix" realizado pela associação automóvel norueguesa, que colocou 27 modelos à prova em condições desafiantes. O grande destaque foi o Lucid Air, um sedan de luxo norte-americano, que estabeleceu um novo recorde de distância ao percorrer 829 km com uma única carga, superando largamente o anterior máximo de 672 km do Tesla Model S.

Este teste é conhecido pela sua exigência: os veículos arrancam em Oslo com a bateria cheia e percorrem estradas urbanas, nacionais e autoestradas, incluindo subidas de montanha, em condições de circulação reais. Durante esta edição, os condutores enfrentaram temperaturas entre 7 °C e 17 °C e períodos de chuva intensa, factores que normalmente penalizam a autonomia. Ainda assim, os resultados mostraram até onde os novos eléctricos conseguem ir em cenários do dia a dia.

Curiosamente, apesar da marca impressionante, o Lucid Air não conseguiu atingir a autonomia oficial anunciada pelo fabricante - mesmo contando com a sua enorme bateria de 118 kWh. Por outro lado, alguns modelos surpreenderam pela eficiência: o Tesla Model Y Long Range AWD, com autonomia WLTP de 586 km, acabou por alcançar 652 km, superando o valor oficial em mais de 60 km. No total, 15 dos 27 veículos testados igualaram ou ultrapassaram as promessas das marcas.

O teste também avaliou a velocidade de carregamento, revelando uma nova geração de eléctricos ultrarrápidos. O Lotus Emeya R e o Zeekr 7X ultrapassaram os 400 kW durante o carregamento, capazes de adicionar centenas de quilómetros em poucos minutos. O Lucid Air chegou aos 311 kW, enquanto os novos Porsche Macan e Audi Q6 e-tron ficaram perto dos 290 kW. A maioria dos restantes modelos não passou dos 250 kW — ainda assim, valores que já tiram partido da infraestrutura de carregamento público actual.