Uma Web para Todos - Site da Zon Lusomundo

Alguns de vocês ainda se lembraram (sem saudades!) dos famosos tempos em que a grande maioria dos sites exbiam orgulhosamente um selo "Best viewed with Internet Explorer"... e que faziam com quem em muitos casos, quem lá chegasse por intermédio de outros browsers, nem sequer pudessem utilizar o site. (Sim, eram frequentes os emails que enviava para lojas online que nem sequer funcionavam correctamente com o Firefox, informando-os que bem gostaria de comprar os seus produtos... mas que eles não deixavam.)

Actualmente as coisas estão bem melhores... algo que seria quase obrigatório, ou não fosse actualmente o Chrome ser já o browser mais popular do mundo... e que obrigou a que a web se tornasse num local mais "standard" e acessível para todos.

Noutros tempos, essa tarefa teria uma resposta simples: um site em Flash corre precisamente da mesma forma em qualquer "browser", poupando as frustrações de lidar directamente com as particularidades e diversidades - e manias! - de cada browser... e na altura, certamente que era a decisão acertada.


Infelizmente para o Flash, o mercado deu uma grande curva na direcção dos equipamentos mobile... equipamentos com hardware bastante mais limitado que o dos computadores desktop, e onde a eficiência é a palavra de ordem... e onde um visitante que visite a página da Zon Lusomundo, esperando ver aquilo que vê num browser desktop... encontrará antes isto:

Ah, pois... já estarão a rir-se: é o que dá ter um iPhone e o iOS...

Talvez... nada como dar uso ao meu fiel Sapo A5, que até se poderá considerar bem em cima do acontecimento, com o seu Android 2.3.7 - bastante mais actual que o Android 2.1 e 2.2 que ainda habitará na maioria destes populares equipamentos...

... Precisamente uma "fotocópia" do que se obtém no iOS... um site cravejado de logotipos de conteúdo "flash".

Em muitos casos, nem se poderá dizer que seja negativo... Muitos destes "logotipo" significam que é menos um anuncío em flash que temos ali a gastar recursos. Mas, para empresas e sites de grande dimensão, parece-me inacreditável que alguém não perca "5 minutos" para ver como é que o seu site aparece nalguns dos mais populares smartphones do mercado, para ver que imagem é que transmite aos seus potenciais clientes.

(Esta situação, aqui no caso da Zon torna-se ainda mais caricata, quando por outro lado têm também uma das Apps mais "revolucionárias" na área do cinema em Portugal - o mTicket - , que permite que um utilizador compre o bilhete que deseja a partir do seu smartphone, e entrar no cinema sem necessidade de ir para uma fila levantar um bilhete.)


Mas, esta mesma dependência do Flash nos sites, para fazer coisas que actualmente seriam possíveis de ser feitas com recurso ao "HTML5+JS" (e dessa forma ficar automaticamente acessíveis à grande maioria dos browses mobile)... é algo que também começa a saltar à vista nos browsers desktop. Pois se nos mobile a própria Adobe já demonstrou que o Flash foi um erro, dando-o por "morto e encerrado"; nos desktops - embora ainda necessário - começa também ele a ficar cada vez mais sujeito a olhares estranhos... A própria Mozilla parece estar a considerar desactivar os conteúdos Flash activos de origem.

Algo que eu já tenho vindo a utilizar no Chrome há algum tempo, com o click-to-play; e que faz com que todos os sites que ainda dependam em grande parte de conteúdos como o Flash, rapidamente mostrem as suas cores:

Em conclusão: nada tenho contra o Flash... e muito uso lhe continuo a dar (para não falar das muitas coisas fiz eu em actionscript, e com muito orgulho!) Mas, cada vez mais, há que ponderar as tecnologias que existem à disposição e qual o objectivo que se pretende atingir.

Acima de tudo, parece-me que a maior prioridade que um site web deve ter, é estar acessível a todas as pessoas que o desejem consultar: algo que hoje em dia significa que, no mínimo, se deverá olhar para o site como aparece no ecrã de um iPhone, de um Sapo A5, e des outros smartphones que existam no mercado...

Se querem usar Flash e conteúdos dependentes de plugins externos para fornecer uma experiênca superior à que é possível com a tecnologia web standard?... Tudo bem... mas que o façam sem ser à custa da experiência "mínima" e funcional que hoje será exigida para uma das classes de dispositivos que se vai tornando cada vez mais popular: os equipamentos mobile.