2012/09/13
A Tecnologia Invisível
Foi mesmo apropriado... ainda no outro dia tinha referido que a tecnologia tenderá para se tornar "invisível", e eis que fui dar com este relato das previsões e intenções da intel pra o futuro, e que aponta precisamente para que isso possa vir a acontecer já no final desta década.
A miniaturização tecnológica é algo que todos podemos ver (e também sentir na pele). Basta relembrar os velhos computadores que existiam na nossa infância, caixotes com volumosos CRT, e que agora podem ser substituidos por smartphones que cabem no bolso, ou tablets pouco mais espessos que um caderno. Mas, é mais que certo que as coisas não ficarão por aqui, e continuarão a tornar-se cada vez mais pequenas (por algum motivo a Intel está a promover os seus NUC).
A nível dos chips que dão a inteligência à maioria dos equipamentos electrónicos, dos dispendiosos CPUs que ocupavam áreas gigantes de silício, passamos a chips com reduzidos milímetros quadrados e de potência substancialmente superior. E nesta indústria, o custo dos mesmos prende-se quase exclusivamente com a área ocupada... pelo que, chips mais pequenos, custos mais reduzidos, maior volume produzido, preços mais baratos.
Ainda me lembro do tempo em que muitos equipamentos exibiam orgulhosamente "controlado por um microprocessador"... como se isso fosse uma grande coisa (e era, na altura - tal como agora ainda consideramos "especial" ter um computador com acesso à internet integrado no frigorífico).
Com estes chips a custo "zero", feitos em escala microscópica, no final da década torna-se-á quase "irrelevante" colocar um computador no que quer que seja... Em sapatilhas, nas mesas, nos óculos, e até em produtos que eventualmente são de "usar e deitar fora". Será o equivalente às canetas e aos lápis, e a todo o tipo de coisas que se tornaram tão "banais" que nem se pensa duas vezes se tivermos que as deitar fora. (Bastaria recuar umas dezenas ou centenas de anos, para que uma simples folha de papel e uma caneta fossem considerados bem preciosos!)
Lembro-me de ter lido em tempos que uma coisa só estaria totalmente integrada na sociedade quando esta fosse capaz de a atirar para o lixo sem pensar duas vezes. Não sei se chegaremos ao tempo em que até um tablet possa ser descartado como uma folha de papel usado... mas... que daqui por mais 10 anos as coisas poderão ser muito diferentes, isso... está garantido.
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