2013/01/14

O fim dos "Gigahertz" e "Gigabytes"


Se há coisa que todos já devem ter reparado, é que a tecnologia tem avançado a um ritmo alucinante. A maioria das pessoas já terá a perfeita noção de que quando compra um smartphone ou tablet (ou outros), o mais certo é que em poucas semanas ou meses sairá um novo modelo, melhor e mais veloz...

Mas, tal como já sucedeu noutros equipamentos, aproximamo-nos de um ponto em que a tecnologia se torna suficientemente capaz para que se torne irrelevante falar dos CPUs e GPUs e RAM e coisas que tais. Se já nos acompanham há algum tempo saberão que eu sou pouco apologista de usar esses números para avaliar um produto: sendo que o mais me interessa é saber se o resultado final é satisfatório para um cliente final ou não. Não me aflige saber que lá dentro temos um modesto CPU a 500Mhz, se ele se comportar bem - nem tão pouco saber que tem um quad-core a 2Ghz, mas depois "engasgar-se" no browser, por exemplo.

Mas, como este artigo refere (e por cá já o dissemos várias vezes)... também noutros tempos a compra de um automóvel obrigava a um conhecimento técnico sobre todos os seus componentes mecânicos, e actualmente chegamos a um ponto onde é mais provável alguém escolher o seu futuro automóvel em função do sistema de navegação ser compatível com o seu smartphone do que saber se o motor tem 3 ou 4 cilindros, 8 ou 16 válulas - assim como o muito importante aspecto de "é deste que gosto".

Em breve será mais que certo que a compra de um smartphone ou tablet será uma coisa feita principalmente "por gostarmos dele", e não nos interessando particularmente se lá dentro está um CPU dual-core ou quad-core. Sim, continuará a haver sempre quem se interessa por saber que o seu futuro smartphone/tablet tem um GPU com 72 cores capaz de correr a 2Ghz e um fill rate de 20Gigapixels/segundo - mas, para a maioria da população, o mais provável será que a decisão de qual o seu novo equipamento seja baseado em algo como "olha para este que é tão bonito com estes botões em vermelho fluorescente!"

1 comentário:

  1. Evoluem no software mas o hardware(qualidade dos componentes bem como o seu design) principalmente nos notebooks e agora nos tablets é deitar dinheiro ao lixo, tornando difícel qualquer arranjo do equipamento.

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