Vamos ver se não será um novo caso idêntico ao do executivo da Qualcomm que veio criticar os CPUs de 64 bits da Apple e que rapidamente foi reencaminho para outras funções - desta vez é um executiva do Corning que vem criticar e desvalorizar o vidro Safira face ao Gorilla Glass.
A Apple fez enormes investimentos para a produção de vidro Safira à escala industrial de que necessita para os seus produtos, e as últimas informações indicam que quer a fábrica a produzir em pleno já nos próximos meses. O vidro Safira torna-se desejável face à sua resistência superior a riscos (teoricamente só conseguirá ser riscado por um diamante), mas a Corning não tem deixado de combater essa ideia.
O ano passado criou um vídeo onde mostra a superior resistência do Gorilla Glass face ao vidro Safira; agora, um executivo vem falar de todos os pontos negativos do vidro Safira, referindo os seus superiores custos de produção, maior desperdício energético, peso mais elevado, maior dificuldade no seu tratamento, etc. etc. Aspectos que não deixarão de ter a sua validade... mas que também se aplicam a muitas outras áreas: por exemplo, a de um smartphone em alumínio face a um feito em plástico. Mas facilmente se imagina que a Corning nem sequer queira considerar a hipótese de perder um dos seus maiores clientes, responsável pela venda de dezenas de milhões de ecrãs.
Actualmente a Apple usa apenas pequenas secções de vidro Safira, na cobertura da lente da câmara e no home button no iPhone 5S, a proteger o sensor Touch ID. Com o investimento que foi feito, fala-se que passará a ter a capacidade para produzir ecrãs em escala de milhões, suficiente para a próxima geração de iPhones. Pensando logicamente, penso que numa primeira fase a Apple poderia usar apenas o vidro Safira para o seu futuro iWatch, sendo que à semelhança de um relógio, estará mais sujeito a encontrões acidentais no dia a dia. Para ser aplicado nos iPhones/iPads... não sei até que ponto será realmente vantajoso optar pelo vidro Safira face ao Gorilla Glass da Corning, tendo em conta o custo e peso acrescido, em dispositivos onde todos os décimos de milímetros de espessura contam, assim como os gramas.
Lá mais para o final do ano saberemos o que a Apple pretende fazer com o seu vidro Safira... e aposto que não será preciso esperar muito para que logo de seguida surjam no YouTube vídeos a "abusar" do vidro para nos mostrar até que ponto a resistência de Safira e Gorilla Glass se comportam, lado a lado.
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