Na passada quinta-feira o mundo ficou a conhecer o mais recente membro da família Raspberry Pi, o Zero, que custa apenas 5 dólares. O que não sabíamos era que as coisas poderiam ter sido bem diferentes, se não fosse uma pequena sugestão feita por Eric Schmidt a Eben Upton.
Eben Upton é o fundador da fundação Raspberry Pi, e depois do sucesso destes micro-computadores, começou a pensar no que viria a seguir. Tal como muitos no seu lugar fariam, a sua ideia era criar uma versão do Raspberry Pi ainda mais potente e melhor, mas que iria ter um preço entre 50 e 60 dólares. Uma decisão que não entusiasmou Eric Schmidt do Google, durante uma conversa entre ambos em 2013.
Ao que parece Eric Schmidt deixou bem claro o peso que o facto preço tem, e que é muito difícil competir com o "barato" (uma coisa a que bem temos assistido, com a invasão de smartphones chineses muitíssimo interessantes e com preços que são uma fracção dos das marcas tradicionais) e foi esta conversa que inspirou uma mudança completa nos planos que Upton tinha para o futuro dos Raspberry Pi, optando por seguir precisamente na direcção oposta, e que agora se veio a revelar como este Raspberry Pi Zero que custa uns ridículos 5 dólares.
Será talvez uma lição que os grandes fabricantes de hardware - que continuam a lançar smartphones a preços de 700 dólares ou mais - se preparam para aprender, à força, e de forma muito mais dispendiosa? Saberemos ao longo dos próximos anos; mas até lá, vamos poder dar uso a um micro-computador que é mais barato que a caixa onde o vamos meter, ou da fonte de alimentação a que o iremos ligar. :)
O software provavelmente vale 80% do valor de um telemóvel. Actualmente é parte mais valiosa de qualquer dispositivo electrónico.
ResponderEliminarSem duvida.... é por isso que os tlm chineses é só hardware.
EliminarMas neste exemplo temos o ainda mais "barato" mantendo a compatibilidade com o software já existente..
Mas o que é que a porcaria dos telemóveis tem a ver com o raspberrypi, que raio de desculpa estúpida... eu prefiro dar 100€ por um raspberry potente do que comprar um telemóvel com chips e software proprietário que nem sequer permite correr linux para o utilizador comum.
ResponderEliminarAs pessoas querem um raspberrypi mais potente, no meu caso não me importava de ter um raspberrypi mais potente com umas duas placas de rede a gigabit e ligação SATA, não pedia mais nada. Fazia logo servidores de linux e de pfsense com consumos ultra baixos de electricidade, para não falar de desktops mais "funcionais" e económicos.... mas de certeza que ao criar raspberrypis mais potentes, deve começar a morder os calcanhares a certos fabricantes de computadores.
Por exemplo existem os media centers (exemplo: minix media centers) com octa-cores ARM com 3 a 4 Gb de Ram, mas claro que o sistema é todo cheio de chips proprietários que mais ninguém consegue meter linux a correr naquilo e se há, corre muito limitado porque alguém se lembrou de fazer uns hacks.
Enfim, o mundo precisa de um raspberrypi ultra potente e sem porcarias proprietárias.
João Guerreiro sabes que o rapberry tb tem coisas proprietárias?!?1
ResponderEliminar