2016/05/18

Análise ZTE Axon Mini


A ZTE é uma marca que tem estado sempre perto de nós, mesmo se por vezes possa estar disfarçada sob a designação de modelos de outras marcas (lembram-se do velhinho Sapo A5 / ZTE Blade?) e que agora nos faz chegar o Axon Mini... que até tem touchscreen capaz de detectar diferentes níveis de pressão.

O ZTE Axon Mini


As aspirações da ZTE para o Axon Mini fazem-se sentir logo desde o primeiro momento, com uma caixa em preto e dourado que mostram logo que se trata de um smartphone especial.



A nível de design não temos nenhuma opção revolucionária, embora existam detalhes que poderão ser considerados de gosto duvidoso - dependendo do gosto de cada um, como é o caso das partes superior e inferior na traseira, com textura a imitar couro (e com costuras); ou a parte frontal com uma grelha que, sendo "engraçada", se arrisca a poder ficar carregada de lixo ao fim de alguns meses de utilização.



Quanto ao hardware, o ZTE Axon Mini tem um ecrã Super AMOLED Full HD de 5.2", Snapdragon 616, 3GB de RAM, 32GB + microSD até 128GB, câmaras de 13MP e 8MP, sensor de impressões digitais na traseira, bateria de 2800mAh e Android 5.1.1.


A câmara



A câmara de 13MP do Axon Mini usa um sensor com phase detection autofocus, e os resultados, embora com grão e alguma dificuldade em lidar com grandes amplitudes luminosas, são bastante positivos:







Como curiosidade, a app da câmara vem com um modo para documentos que faz a detecção e correcção automática da perspectiva.




Em funcionamento



Com hardware que pretende ser de topo, o Axon Mini mexe-se razoavelmente bem, embora o seu Snapdragon 616 o deixe logo numa categoria abaixo dos concorrentes com Snapdragon da série 800. Facto que não será ajudado pela utilização do launcher MiFavor UI, que também segue a tendência do iOS apresentando todas as apps instaladas nos home screens em vez de usar a pasta de apps do Android de série.



Seja como for, com um pouco de habituação, ou trocando o launcher para outro mais ao nosso gosto, é algo que não impede a utilização plena do equipamento.


A capacidade de detectar a pressão no touchscreen é usada para implementar algumas coisas ao estilo 3D Touch da Apple (como atalhos nos icons de algumas apps do sistema), mas infelizmente continua a ser uma mera curiosidade que fica dependente do suporte oficial do Android para poder ser utilizada de forma mais global. Ainda assim, há que dar crédito à ZTE por se ter esforçado por arranjar forma de a utilizar: como a possibilidade de criarmos um código PIN onde para além dos números temos também que fazer a pressão correcta em cada um dos dígitos.

[Sim, o Axon Mini também está continuamente a incentivar-nos a "limpar a memória"]


Apreciação final



Tirando algumas hesitações ocasionais, o ZTE Axon Mini é um smartphone que proporciona uma utilização agradável e despreocupada, mesmo se insistentemente nos relembra para ir libertando memória (que não deveria ser coisa necessária num smartphone com 3GB de RAM). Há no entanto algumas coisas que deixam a desejar, como a precisão e velocidade do reconhecimento das impressões digitais, que por vezes nos fazem desejar regressar ao código PIN para evitar os atrasos nas tentativas falhadas (para além de que teria sido simpático disponibilizar o Android 6.0 neste modelo, que também poderia ajudar nessa situação.)

Tudo acaba por depender do preço, e neste momento o ZTE Axon Mini já pode ser encontrado no mercado (internacional) com preços na ordem dos 250 euros, o que permite que continue a ser uma opção interessante, mesmo face à apertada concorrência dos modelos low-cost oriundos de marcas chinesas de menor dimensão.

Por isso, mesmo tendo ficado na dúvidas entre um morno ou um quente, a aposta da ZTE parece-nos ter sido positiva, e recebe por isso um:



ZTE Axon Mini
Quente


Prós

  • Ecrã AMOLED
  • Qualidade de construção
  • Câmaras

Contras

  • MiFavor UI
  • Preço elevado
  • Sensor de impressões digitais lento

Galeria de fotos








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