Depois da Apple ter desviado as atenções dos sensores de impressões digitais com o seu Face ID, eis que a Synaptics volta a ressuscitar o assunto anunciando que já está a produzir em volume um sensor que pode ficar sob o ecrã e que será utilizado por um "grande fabricante".
A Synaptics é um dos nomes mais importantes no mundo a nível de tecnologia de reconhecimento de toques e sensores de impressões digitais; e não será por isso surpresa que agora nos tenha dado a conhecer o seu Clear ID, que pode reconhecer impressões digitais de dedos através de um ecrã AMOLED. O que é surpresa é dizer que já está a produzir estes sensores em volume e que serão utilizados em breve por um fabricante do "top 5" mundial.
Este sensor Clear ID funciona como qualquer outro sensor de impressões digitais que hoje em dia vemos nos smartphones - basta um toque para a impressão digital ser reconhecida. Neste caso, o reconhecimento acontece por baixo do vidro e painel do ecrã, o que permitirá a utilização de margens mais reduzidas, sem que para isso o sensor tenha de passar para a traseira do equipamento. Quem prefere o sensor na frente, tem por isso razões para ficar satisfeito (não é Carlos Martins? :D ), mas quem preferir o sensor na traseira, como é o meu caso, vai ter de se habituar a esta nova realidade, goste ou não da solução (Ed. havendo também a possibilidade de alguém se lembrar de lançar um smartphone com dois sensores: um atrás, e outro sob o ecrã, o que resolvia o assunto definitivamente! :)
Embora a Synaptics não tenha referido qual será o fabricante que estreará estes sensores, o facto de utilizar por diversas vezes o termo "infinity display" torna-se uma referência directa à Samsung, pelo que o candidato mais provável para estrear esta tecnologia será o futuro Galaxy S9. Um modelo que muito poderia beneficiar disto, já que o posicionamento do sensor na traseira não foi o mais consensual entre os utilizadores... e assim poderia regressar à sua "imagem de marca" de ter o sensor na parte da frente, como habitualmente fazia.
... Esperemos que a Huawei também esteja atenta... pois o P11 está aí à porta e seria também um excelente candidato para estrear esta tecnologia (e a Huawei também está no top 5 mundial).
Actualização: afinal vai ser a Vivo e não a Samsung a estrear este sensor.
Hummm, já em janeiro/fevereiro, acho muita fruta?
ResponderEliminarEsse sistema terá um peso enorme na alteração de como interagir com o SO e, principalmente, com as APPs, por parte do utilizador, pois terá que estar SEMPRE presente (visível ou não)... nada do que hoje é, será igual.
Não, nem por isso. A Samsung já tratou bem disso com o desaparecimento do botão físico. Por exemplo, mesmo estando num jogo full-screen, tens acesso ao "home button" pressionando com mais força no local respectivo, mesmo que o botão não esteja visível.
EliminarBastará fazer algo do género, em que para fazer o reconhecimento tenhas que fazer mais pressão (ou haver situações diferenciadas para reconhecimento "leve" ou "carregado"... Não terás que ter uma indicação visível sempre presente - pelo contrário, faz é com que todos os toques ali passam a estar autenticados (ou não) automaticamente.
Ou então fazem como de habitual... implementam nas apps internas e deixam caminho aberto para as 3rd party.
EliminarEm todo o caso, fora o lockscreen não haverá grandes apps a precisar de adaptação... ou estará a escapar-me algo?
"a Synaptics volta a ressuscitar o assunto anunciando (...) um sensor que pode ficar sob o ecrã"
ResponderEliminarMas o sensor fica no "local respectivo", por exemplo, onde estava o Touch ID no caso do iPhone X ou em todo o ecrã? É que faz toda a diferença. Basta ver as camadas de elementos do Touch ID.
Uma coisa que a Apple deveria apostar a muito e nao deixar a patente para outros ! :-(
ResponderEliminarQual coisa? O sensor de impressões digitais no "local respectivo" do ecrã ou em todo o ecrã?
EliminarDigam o que disserem, faz toda a diferença poder autenticar por impressão digital na frente!
ResponderEliminarE sim, uma solução dupla então, seria perfeita.
Eu devo ser diferente do resto da malta porque estas notícias nem me aquecem nem me arrefecem. Sou a favor do avanço da tecnologia, mas todo este esforço não me parece merecer a atenção que recebe.
ResponderEliminarO meu tele tem sensor de impressão digital atrás. Para mim, é o ideal. Pego no telemóvel com a mão esquerda e o meu indicador vai logo ao círculo, sem falha, e instantaneamente tenho o ecrã ligado e desbloqueado. A primeira ação da mão direita já é para fazer o que quero e não há perda de tempo.
Se tivesse a camera do iphone x, com o lag que tem e que obriga a um swipe, acho que ia para pior.
Não sei que marca também usa a camera para autenticar e é só pegar no telemóvel e olhar para ele, super rápido, e está desbloqueado. Ainda é melhor que o da apple, apesar de não ser tão seguro.
Este sistema vai obrigar a usar as duas mãos e não vejo assim grandes vantagens em relação ao sensor traseiro.
Enfim, não me parece que valha a pena perder a cabeça com isto. Mais me tem surpreendido os avanços nas cameras que para os sensores tão pequenos que usam estão a tirar fotos excelentes.
Sim, para ti é o ideal... para muitas outras pode não ser. No meu caso, considero o sensor atrás um empecilho tremendo, já que o uso grande parte do tempo pousado numa mesa ao longo do dia - e assim, tenho que pegar, desbloquear, e pousá-lo novamente, em vez de simplesmente pousar o dedo nele.
EliminarO exemplo que o Carlos referiu é perfeito para mostrar aos fabricantes o quão errado é retirar a única forma de autenticar da frente do equipamento.
ResponderEliminarPessoalmente, para além do OnePlus 5 (que ganhei aqui, eheh... ;) ) e que uso mesmo muitas vezes assente sobre um suporte de secretária no emprego e em casa, tenho mais 3 velhinhos Samsung com Android e gostaria de exemplificar com o que tenho instalado permanentemente num suporte da bancada da cozinha (não tendo por isso a traseira acessível):
Uso-o para auxiliar com as receitas bem como para vir aqui de vez em quando, para controlar a app da Sonos, para editar a lista de compras na Google Keep, para controlar o Youtube, para abrir a app de rádio FM e, claro, sempre que o telemóvel desliga a luz do ecrã, há que desbloqueá-lo para poder usar...
Ok, não é um modelo com sensor de impressões digitais, mas se a única forma de autenticar na hora fosse através da traseira, acho que estaria "bem tramado" com a brincadeira...
Acho que todos os fabricantes deveriam manter sempre qualquer modelo de telemóvel com total possibilidade de podermos fazer tudo sempre pela frente sem necessidade de ir à parte de trás do equipamento.
(claro que com isto não quero dizer que não deverão colocar opções para a traseira, mas sempre que o fizerem, façam-no sempre também *primeiro* para a parte frontal.)