A conturbada compra do Twitter por Elon Musk está finalmente consumada, e celebrada com o despedimento imediato do seu CEO, CFO e vários outros executivos.
Musk, não resistiu a fazer uma chalaça ao entrar na sede do Twitter carregando uma pia, acompanhado pela descrição "Entering Twitter HQ – let that sink in", mas as palavras rapidamente deram lugar aos actos. Logo no seu primeiro dia como novo dono do Twitter, Musk despediu Parag Agrawal (o CEO) e Ned Segal (CFO), aparentemente com direito a serem escoltados para fora do edifício, sendo também despedidos Vijaya Gadde (policy chief), Sean Edgett (general counsel), e Sarah Personette (Chief customer officer). Não que devam estar mujito preocupados: Agrawal sai com indemnização de $38.7 milhões, Segal recebe $25.4 milhões, Gadde e Personette ficam com $12.5 e $11.2 milhões respectivamente - valores que dificilmente serão igualados quando for altura da limpeza chegar aos funcionários "comuns".
O processo de compra do Twitter foi bastante polémico e complicado, com a oferta inicial de aquisição a ter sido retirada e com Musk a tentar escapar à cláusula que o obrigaria a pagar uma indemnização de mil milhões de dólares, argumentando que o Twitter não estaria a indicar o número real de utilizadores falsos (bots) na plataforma.
Musk diz que o seu objectivo com a compra do Twitter não é ganhar dinheiro, mas criar uma plataforma global e universal, de expressão livre, que não seja tendenciosa nem censure os utilizadores - e que potencialmente se possa transformar numa app de serviços universais ao estilo do WeChat na China. Um rumo que alguns criticam por ser demasiado idealista e aparentemente sem grandes hipóteses de se concretizar - para não referir a quase inevitável necessidade de ter que repensar a questão da "censura" assim que começarem a ser publicados conteúdos mais extremistas e potencialmente ilegais.
Mas, Musk já deu provas de que por vezes consegue superar as adversidades e tornar realidade aquilo que muitos pensariam ser impensável (veja-se o exemplo da SpaceX). Resta saber se o Twitter será um desses casos, ou algo mais parecido com as promessas eternamente adiadas ao estilo do que tem acontecido com o Autopilot da Tesla.
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