Ninguém gosta de pensar nisso mas, quando se compra um equipamento com memória flash estamos implicitamente a comprar algo que terá um tempo de vida útil finito, por conta das limitações do próprio hardware.
As memórias flash usadas para o armazenamento das apps, fotos, sistema, e todos os conteúdos guardados, têm um limite de número de vezes que podem ser apagadas e reescritas. Isso era algo que também afectava significativamente as primeiras gerações de SSDs, e que ao longo do tempo se foi tornando menos problemático com a melhoria da longevidade das memóras flash NAND e também da gestão que é feita, com o sistema a poder reposicionar blocos de memória para distribuir as escritas por diferentes células e não gastar prematuramente algumas delas.
Com o Android 15, a par do estado de saúde da bateria, que indicará os ciclos de carga e qual a perda de capacidade, também teremos informação idêntica a respeito do estado de saúde da memória flash.
Se alguém que troca de smartphone a cada um ou dois anos nunca terá que se preocupar com o estado da memória, as coisas poderão complicar-se quando se tratar de um smartphone com uso intensivo ao fim de 6 ou 7 anos. Podemos também recordar situações de bugs, como aquele que podia gastar SSDs no macOS em pouco tempo, ou das memórias gastas nos Tesla devido aos logs excessivos, que demonstram que estas preocupações têm razões de existir.
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