Ao que parece, tenho sido um dos poucos felizardos que não tem tido problemas de maior com o iPhone.
De vez em quando levo com uma crashadela de uma aplicação que me atira para o menu principal, mais raramente levo com um crash a sério que faz um reset, e às vezes aturo aquele bug que faz com que o teclado seja mais lento que um miúdo de 3 anos a tentar copiar o abecedário.
Por isso tenho estado a aguardar ansiosamente pela actualização do firmware (v 2.1) para o iPhone que sairá amanhã. Pelas informações de quem já o experimentou nos iPod touch, há correcções mais que esperadas: quando se instala um update de uma App, o ícon mantém-se no sítio onde estava - na versão actual, o ícon ia parar ao fim de todos os ícones na última página; para além de updates e instalações e sincronizações muito mais rápidas.
Espero apenas que os bugs corrigidos não se fiquem por aqui, pois haverá muitos mais que têm que ser corrigido o mais depressa possível pela Apple. Já para não falar em funcionalidades que seriam bem vindas, tal como o famoso copy-paste, e (quem me dera) um Ad-blocker para o Safari no iPhone. (Se eu não gramo com publicidade no meu computador em casa, porque terei que gramar com ela no iPhone???)
Mas, se leram o título... eu falo ali em "tijolos" - afinal para que escrevi eu isso?
Se pessoalmente nunca tive nenhum problema com o meu iPhone, muita gente me dizia que os iPhones estavam a dar montes de problemas. Um colega meu que trabalha numa operadora falava-me em quantidades absurdas de devoluções e de iPhones avariados... Não é que não acreditasse na palavra deles, mas achava tudo muito esquisito. Até que...
Não, não me aconteceu a mim - mas aconteceu a um amigo meu. Ontem à noite o seu iPhone... pufff, kaput!
Depois de ter desinstalado umas Apps, fez um reboot e... nunca mais viu o seu menu principal.
Era reboot.... reboot... reboot.... num ciclo interminável e aparentemente sem saída.Nem ligando ao iTunes por USB fazia diferença. Este problema é aparentemente conhecido como o Apple Logo Screen of Death pois fica-se sempre no estado de reboot com a maçãzinha no ecrã.
E depois de muito investigar, descobriu que afinal isto é um problema bastante conhecido e com milhares de queixas. E o mais incrível é que nem é um BUG! O iPhone foi mesmo feito para reagir assim!
Eu próprio já tinha estranhado o tempo anormalmente longo que por vezes demorava o processo de instalação de pequenas aplicações. Aplicações com meia dúzia de KB que eram descarregadas instantaneamente demoravam depois 1 ou 2 minutos até ficarem "instaladas." Enquanto outras havia, que ocupando Megabytes eram instaladas em poucos segundos. Era estranho... mas no meio de tanta coisa estranha... que remédio se tinha senão esperar.
Este problema é frequente se houver um reboot ou crash enquanto uma aplicação está a ser instalada, actualizada, ou removida.
E o que se passa é o seguinte:
Sempre que o estado de uma aplicação sofre alterações (o tal instalar, actualizar, remover) há um processo chamado Springboard que se encarrega de reconstruir um "mapa" de todas as aplicações instaladas com as novas alterações.
Quanto mais aplicações existirem e mais complexas forem, mais tempo demora este processo.
O problema é que existe outro processo que se encarrega de monitorizar o Springboard, pedindo-lhe uma resposta a cada 2 minutos. Caso esta não aconteça, termina o processo e reinicia-o novamente.
Após 4 tentativas falhadas, o iPhone tenta fazer um reboot.
Como é fácil de entender, durante o processo de arranque, este mesmo processo volta a acontecer entrando num ciclo infinito.
É inadmissível que a Apple, com um iPhone onde as pessoas podem instalar centenas de aplicações, não tenha considerado este hipótese. Aliás, é inexplicável que mesmo uma dezena de aplicações instaladas este processo fosse já tão demorado.
Para terminar, deixo apenas a informação de que é possível recuperar desta situação, mas obriga a conhecimentos que os utilizadores comuns não terá - nem deveriam ser obrigados a ter!
É necessário arrancar o iPhone em modo de recuperação: ter o iTune ligado, e com o iPhone desligado, manter pressionado o botão "home" enquanto se liga ao cabo USB - mantendo sempre o botão pressionado até que o iTunes o reconheça e pergunte se queremos fazer a sua recuperação.
Se os utilizadores dos iPod touch dizem que o processo de instalação e update é agora instantâneo, é de prever que a Apple já tenha resolvido esta situação. Mas é de lamentar que um erro tão básico tenha passado pelo controlo de qualidade - e provavelmente causado a frustração e fúria de milhares de clientes por todo o mundo que ficaram com os seus iPhone inoperacionais por causa disto.
2008/09/11
iPhone versão Tijolo
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Já há cura para isso!
ResponderEliminarChama-se N95 ;)
E a cura para o N95 é... o N96!
ResponderEliminarCarlos, também não tive qualquer propblema ainda com o meu iPhone 3G mas gostei do texto e especialmente da dica de recuperação. Bom artigo... como sempre!
E a partir de amanhã, com o novo firmware, espera-se que todas estas questões e muitos outros bugs fiquem resolvidas para sempre.
ResponderEliminarSó por mera curiosidade... O N96 não é alternativa ao N95. Basta dizer que não possui aceleração gráfica por hardware.
ResponderEliminarImaginem o iPhone sem isso!
Restaurar para as definições de fábrica é rapidito. Agora repôr um backup... meu deus... venha o novo firmware rapidinho, que isto é de bradar aos céus!!! E um itunes com opções novas nas opções de restauro do iphone, que estas "faça/não faça mas não vai ter uma segunda hipótese nem possibilidade de cancelar" opções actuais do itunes são irritantes. Fiz o restauro do backup duas vezes à conta dessa porcaria. Carago como assim de repente já começo a gostar das caixinhas de aviso que dizem "tem a certeza que quer fazer isto?". É que não custava nada e poupava-me assim 1h ou 2h de tempo perdido o_0
ResponderEliminarai... nunca mais é sexta para pôr isto tudo nos eixos (esperamos nós)
e nem com todas essas desaventuras os fanboys (e não só) aos quais isso acontece deixam de beijar o rabiosque do Steve Jobs!
ResponderEliminar"Há coisas fantásticas, não há?"